Para 2022, estão previstas operações com mais 153 ativos, que pode gerar mais R$ 389,3 bilhões a serem investidos em novos projetos.

A carteira de 131 projetos e leilões promovidos pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) entre 2019 e 2021 já assegurou investimentos de R$ 822,3 bilhões no país para os próximos anos, além do recolhimento de outorgas e bônus de R$ 148,3 bilhões, segundo o Governo Federal.

Para 2022, estão previstas operações com mais 153 ativos, o que garantirá mais R$ 389,3 bilhões a serem aplicados em novos projetos. Ou seja, o total de investimentos alavancado para o país pelo PPI no período entre 2019 e 2022 alcançará a marca de R$ 1,211 trilhão. Esse balanço foi apresentado na última quinta-feira (16/12), após a realização da 19ª reunião do Conselho do PPI (CPPI).

“Está havendo a reativação dos investimentos no Brasil como não ocorria desde 2013. Estamos investindo muito mais e em todas as fronteiras”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em coletiva de imprensa. Os dados apontam que a taxa de investimento, considerando o critério de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), chegou a 19,4% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final do terceiro trimestre deste ano, em curva de plena recuperação depois de quedas registradas a partir de 2013.

Segundo o ministro, a manutenção das ações do PPI permitirá que esse índice de investimento supere a marca de 20% do PIB no ano que vem. “Nossa visão de futuro é de investimentos baseados na força do setor privado, que haviam sido expulsos do Brasil”, afirmou. Ele afirmou que a retomada do interesse dos investidores pelo Brasil ocorreu devido à ampla agenda de modernização executada pelo governo, com avanços nos marcos regulatórios, reformas estruturais e controle das despesas públicas.

Apesar de 2022 mostrar-se desafiador para a economia, principalmente pela necessidade de ações de combate à inflação, o estoque de R$ 1,2 trilhão de investimentos contratados para os próximos anos assegura o ritmo de crescimento, advertiu o ministro. “É mais de R$ 1 trilhão em dez anos, ou seja, cerca de R$ 100 bilhões por ano”, sinalizou.

Perspectivas

“Não vou fazer previsão de crescimento para o ano que vem. Só alerto que já erraram muito e estão errando ao dizer que estamos com recessão programada”, afirmou o ministro. “Sim, será um ano difícil, mas cuidado com as previsões. Fiquem um pouco mais moderados, tranquilos nas previsões”, completou. Ele argumentou que previsões pessimistas do passado não se concretizaram, em relação a apostas de que o Brasil não se recuperaria dos impactos da pandemia da Covid-19.

A secretária especial do PPI, Martha Seiller, reforçou que está totalmente dedicada a ajudar no processo de fortalecimento da economia. “Não terminamos a nossa missão. Temos à frente 12 meses de muito trabalho. O Brasil tem pressa e vamos acelerar ainda mais a agenda de concessões de infraestrutura e privatizações”, disse Martha, em referência aos leilões do PPI em 2022.

Da carteira prevista para o ano que vem (com 153 ativos, com previsão de R$ 389,3 bilhões em atração de investimentos), destaques para ações nos segmentos de aeroportos, rodovias, portos, ferrovias, parques e florestas, privatizações de estatais como Eletrobras e Correios), saneamento básico, dentre outros. A carteira de desestatização de empresas públicas para o ano que vem conta com 13 ativos, incluindo a Eletrobras, Correios, Serpro e Dataprev.

O balanço do PPI revelou o perfil dos 60 leilões já realizados em 2021 (que geraram expectativa de investimentos de R$ 334 bilhões e recolhimento de R$ 51 bilhões em outorgas e bônus. Durante este ano, alguns dos destaques foram os leilões de 22 aeroportos, o leilão da Ferrovia de Integração Oeste Leste, o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), em abril; e da telefonia móvel de quinta geração, o 5G, em novembro.

 

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