Mineradora e o Grupo Ad Hoc ainda não chegaram a um acordo, com propostas rejeitadas de ambos os lados.

A Samarco, joint venture da Vale com o grupo anglo-australiano BHP, e seus credores ainda não entraram em consenso para um acordo de recuperação judicial em um primeiro momento, mas as negociações devem continuar, informaram ambos em comunicados separados nesta segunda-feira (27/12).

Uma primeira proposta feita pela companhia havia sido rejeitada pelos credores em julho.

Posteriormente, os dois lados fizeram novas propostas, mas sem entrar em um acordo durante negociações.

Em comunicado, a Samarco afirmou que “continua interessada em se envolver em uma reestruturação consensual de sua dívida com o Grupo Ad Hoc e espera retomar as negociações com o grupo no devido tempo”.

Já o Grupo Ad Hoc, que reúne detentores de dívida da Samarco, afirmou em outra nota que acredita na capacidade da Samarco de se recuperar, “gerando resultados para todos os seus stakeholders — entre eles seus milhares de funcionários e o Estado de Minas Gerais”.

“Como Vale e BHP não compartilham dessa visão, a solução deve incluir a correta alocação de responsabilidades pela tragédia do Fundão, com um novo bloco de controle assumindo após a aprovação de um plano alternativo de recuperação judicial”, afirmou.

Procuradas, Vale e BHP não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

A Samarco teve seu pedido de recuperação judicial deferido pela justiça em abril deste ano. Em outubro, a Justiça permitiu uma prorrogação do período de proteção contra ações de execução de dívidas pelos credores, com novo prazo previsto para se encerrar em abril de 2022.

O rompimento de uma barragem da Samarco em 2015, em Mariana (MG),  deixou 19 mortos e centenas de desabrigados, além de poluir o rio Doce em toda a sua extensão até o mar no Espírito Santo, no que foi considerado à época o maior desastre socioambiental da história do país.

 

Fonte: Reuters.

 

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