O minério de ferro spot com 62% para entrega na China ganhou mais US$ 5, fechando a US$ 159 a tonelada nesta sexta-feira.
Os contratos futuros de minério de ferro de referência na China subiram nesta sexta-feira (04/03), confirmando seu maior ganho semanal em mais de dois anos, com alta acumulada de quase 20%, devido aos temores de interrupção do fornecimento relacionados ao conflito Rússia–Ucrânia.
Os futuros de minério de ferro mais negociados na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em maio, estenderam os ganhos pela quinta sessão consecutiva e terminaram em alta de 2,8%, a 813 yuanes (US$ 128,65) por tonelada. Eles subiram até 5,7% para 836 yuanes no início da sessão.
O produto teve ganho semanal de 19,4%, o maior desde a semana encerrada em 21 de fevereiro de 2020, recuperando perdas desde 11 de fevereiro, quando os reguladores intensificaram as medidas para conter os preços das matérias-primas.
“Ucrânia e Rússia são importantes exportadores de matérias-primas de ferro no mundo… incertezas estão em torno de quanto tempo o conflito vai durar”, escreveram analistas da GF Futures em nota, acrescentando que os preços do minério de ferro devem flutuar no curto prazo.
O minério de ferro spot com 62% para entrega na China ganhou mais US$ 5, fechando a US$ 159 a tonelada nesta sexta-feira, mostraram dados compilados pela consultoria SteelHome. O produto no físico está agora no seu maior valor desde meados de agosto de 2021.
Ainda no mercado à vista, no porto de Qingdao, a matéria-prima do aço teve leve redução (-0,23%), encerrando cotado a US$ 152,97, mas mantendo valorização de quase 11%, somente em março e elevando a quase 27% os ganhos acumulados em 2022.
Os contratos futuros de carvão metalúrgico de Dalian terminaram em alta de 1,4%, a 2.869 yuanes por tonelada, e os preços do coque subiram 1,8%, a 3.585 yuanes por tonelada. Na semana, os preços subiram 14% e 13%, respectivamente.
Os preços do aço inoxidável na Bolsa de Futuros de Xangai para entrega em abril saltaram 4,7%, para 18.775 yuanes por tonelada, acompanhando um aumento de 3,5% nos preços de sua matéria-prima níquel, pois seu fornecimento foi interrompido devido ao conflito Rússia-Ucrânia. A Rússia é o maior fornecedor mundial de níquel.
O Credit Suisse prevê que a demanda global por aço aumentará sazonalmente no segundo trimestre devido a eventos geopolíticos e inflação de matérias-primas e energia.
Com informações da Reuters.