No 4º trimestre de 2021, no entanto, houve um recuo no lucro líquido de 73%, em comparação ao mesmo período de 2020.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou, na noite desta quarta-feira (09/03), os números financeiros do 4º trimestre do ano passado (4T21) e do acumulado do ano. Apesar do lucro líquido de R$ 1,060 bilhão, no 4T21, indicar uma queda de 73%, em comparação ao 4T20, a companhia obteve um resultado histórico em 2021, segundo ela. O lucro anual saltou de R$ 4,293 bilhões (2020) para R$ 13,6 bilhões no ano passado, alta de 217%.

No relatório financeiro, a companhia destacou que 2021 foi “um ano histórico”, com fortalecimento de todos os negócios e um faturamento de aproximadamente R$ 48 bilhões, impulsionado pelo ambiente favorável de preços e aumento no volume de vendas.

Enquanto isso, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) no 4T21 somou R$ 3,727 bilhões, um recuo de 21% na comparação com 4T20, com margem de 34,9% (-12,1 p.p.).

Já no acumulado de 2021, o Ebitda ajustado da CSN subiu 91%, totalizando R$ 22 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 44,8%, 7,7 pp acima do apurado em 2020.

Segundo a companhia, na siderurgia, o cenário favorável de preços e demanda possibilitou superar metas no segmento, com expansão de 310% do Ebitda no ano, para R$ 9,9 bilhões, o maior da história.

No segmento de Cimentos, segue a companhia, a integração da Elizabeth Cimentos contribui para driblar a sazonalidade do quarto trimestre e, em 2021, o Ebitda desse negócio praticamente dobrou, para R$ 531 milhões, com margem de 37%.

Mina Casa de Pedra, da CSN. Foto: CSN/ Divulgação.

Mineração

Na CSN Mineração, o lucro líquido no ano passado foi de R$ 6,371 bilhões, ante R$ 4,031 bilhões em 2020, alta de 58,1%. No 4T21, o lucro foi de R$ 704 milhões, um recuo de 47,6% em comparação aos R$ 1,342 bilhão no 4T20.

Segundo a empresa, a baixa aconteceu por causa da piora operacional verificada no período. O Ebitda ajustado, que mede o resultado operacional, foi de R$ 850 milhões, tombo de 73,2%.

“Os principais responsáveis pela queda nominal do Ebitda da CSN Mineração neste trimestre foram o menor número de cargas embarcadas; os menores preços realizados; a menor diluição de custos fixos e o aumento do C1 e do demurrage“, diz a CSN Mineração.

A receita líquida somou R$ 2,381 bilhões no 4T21, baixa de 47%. “A queda foi uma consequência da combinação de menores preços realizados com um menor volume de embarques, refletindo os mesmos efeitos que impactaram a produção neste trimestre”, afirma a mineradora. Já no acumulado de 2021, houve alta de 41%, totalizando R$ 17,982 bilhões, na comparação com 2020.

No 4T21, as vendas de minério caíram 11%, em volume, com queda de 15% para o mercado externo, mas aumento de 19% no mercado interno.

Já em 2021, as vendas da matéria-prima do aço avançaram 7%, passando de 31,155 milhões de toneladas (Mt) em 2020 para 33,238 Mt no ano passado.

A produção de minério de ferro somou 6,9 Mt no 4T21, o que representa uma queda de 33% em relação ao 3T21, “como consequência das paradas programadas para manutenções realizadas em novembro, além de um menor volume de compras de minério de terceiros e das fortes chuvas que ocorreram especialmente nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro no mês de outubro”, destaca a companhia.

O ano de 2021, contudo, foi marcado por um aumento de 18% no volume produzido, chegando a 36 Mt produzidas.

Investimentos

Foram investidos um total de R$ 965 milhões no 4T21, um patamar 21% superior aos R$ 800 milhões investidos no trimestre passado, como resultado do avanço nos projetos de aprimoramento de produtividade e modernização para melhorar o desempenho da planta UPV, com destaque para o projeto de bateria de coque, e de projetos de expansão e aquisição de frota para a mineração.

No ano de 2021, a CSN investiu um total de R$ 2,934 bilhões, um patamar 73% superior ao de 2020, o que, segundo a companhia, demostra os esforços e avanços nos projetos de beneficiamento e aumento de capacidade na mineração.

 

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