A produção do fertilizante Cloreto de Potássio, a ser desenvolvida pela Potássio do Brasil, em Autazes (AM), será pioneira no volume de investimentos e tecnologias.
O Cloreto de Potássio é um dos minerais mais importantes para indústria de fertilizantes agrícolas do mundo e será produzido no formato granulado (KCI) no município de Autazes, no Amazonas, a partir da implantação do projeto industrial da Potássio do Brasil, com investimentos aproximados de US$ 2,5 bilhões.
Segundo a empresa, o enquadramento do empreendimento na legislação tributária do Amazonas permitirá maior competitividade do produto produzido na região em relação ao produto importado, cujos resultados se converterão em benefícios para população, por meio da geração de emprego e renda, investimentos em infraestrutura regional, implantação de planos e programas sociais e ambientais, reduzindo a dependência da agricultura brasileira de fertilizantes importados.
No campo da geração de emprego e renda, a Potássio do Brasil, durante a fase de construção da planta fabril (período de 3 a 5 anos), irá gerar, em média, 2.600 empregos diretos e vários indiretos, na região, em outros estados brasileiros e, até mesmo, no exterior, de acordo com a companhia.
Já na fase de operação da fábrica de fertilizantes de Cloreto de Potássio serão criados cerca de 1.300 postos de trabalho diretos e 16.900 indiretos. Esta fase de operação tem duração prevista em mais de 23 anos. Outro benefício previsto pela empresa é que, no mínimo, 80% da mão-de-obra contratada para a fase de operação do empreendimento será local, resultando em expressivo incremento de renda à população residente e dinamizando o mercado regional de bens e serviços.
Atualmente, a Potássio do Brasil está em fase de licenciamento ambiental, incluindo a consulta ao povo indígena Mura de Autazes e Careiro da Várzea. Em breve o Projeto Potássio Autazes poderá seguir com o licenciamento ambiental, proceder a sua implantação e posterior operação.
O projeto deve colocar o Amazonas no ranking de maior produtor do fertilizante no país e ajudará o Brasil a reduzir a importação de potássio do exterior, vindos da Rússia, Bielorrússia, Canadá, Alemanha e Israel.
Quando atingir a produção média de 2,4 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano, a oferta desse insumo corresponderá a cerca de 20% do volume consumido no Brasil.
“Entre as vantagens para o agricultor brasileiro estará o acesso a um produto de alta qualidade, de forma mais rápida e com menores custos, além de maior segurança contra a variação cambial. Para o agricultor do Amazonas os preços serão mais baixos em relação aos preços atualmente praticados na região em função da proximidade da fábrica ao consumidor final”, explicou a Potássio do Brasil.
Infraestrutura
No plano de operação, a empresa prevê a extração do Potássio a 800 metros de profundidade e por meio de um sistema de alta tecnologia. A lavra do minério é totalmente subterrânea, sem qualquer influência no modo de vida da superfície, segundo a empresa. Este minério ao chegar na superfície passará por um processamento.
O processamento consiste na separação do Cloreto de Potássio dos demais materiais presentes na rocha. O produto da Potássio do Brasil terá teor de 95% de KCl atendendo as especificações do mercado consumidor.
“Os resíduos, basicamente Cloreto de Sódio (Sal de Cozinha), serão empilhados com total segurança em relação ao meio ambiente e, depois de alguns anos, retornarão para os espaços vazios no subsolo, criados com a retirada do minério. Ao final da vida útil do projeto, nenhuma estrutura e nenhum resíduo permanecerá na superfície”, ressaltou a empresa.
Ainda segundo a Potássio do Brasil, toda a infraestrutura utilizada para colocar a fábrica em funcionamento beneficiará também a população local. Serão implantadas uma linha de transmissão de energia de cerca de 165 km de extensão, a partir dessa rede a concessionária pública do setor poderá disponibilizar parte dessa energia para as sedes municipais e comunidades próximas, trazendo muitos benefícios para as populações destas cidades.
“Uma estrada de 12 km de extensão que interliga as comunidades da Vila de Urucurituba e Soares, hoje em precárias condições, será reconstruída com duas faixas de rolamento, para transporte do Cloreto de Potássio até um porto flutuante de grande porte, no Rio Madeira, que também será construído pela empresa para embarque do fertilizante por meio de barcaças”, informou a companhia.
De acordo com o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, o projeto atende às demandas do Amazonas de diversificação econômica (fruto da dependência da Zona Franca de Manaus) e de interiorização (atualmente com desenvolvimento muito concentrado em Manaus). “O Projeto Potássio Autazes trará um incremento significativo no Índice de Desenvolvimento Humano – IDH de Autazes e de toda a região. Vários aspectos socioeconômico e ambientais serão tratados pela Potássio do Brasil e dezenas de programas envolvendo as comunidades indígenas e não indígenas. Estamos, eu e toda a equipe da Potássio do Brasil, entusiasmados para iniciar mais esta etapa do projeto”, destacou.
O Projeto Potássio Autazes é pioneiro no Amazonas, pois não utilizará barragens em todo processo de extração e beneficiamento, nenhum rejeito gerado (basicamente o cloreto de sódio – sal de cozinha) pela atividade será mantido na superfície até o final do projeto, pois será devolvido ao interior da mina no subsolo.
De acordo com a companhia, os efluentes serão reutilizados na planta de fabricação de fertilizantes em circuito fechado, para não serem lançados no solo ou nos cursos d’água. O projeto também promoverá um legado socioambiental com mais de 30 programas, entre eles um de preservação de sítios arqueológicos, mapeamento e cadastro de milhares de espécies animais e vegetais e parcerias com instituições de ensino e pesquisa que desenvolverão projetos significativos neste segmento, buscando uma sustentabilidade para quando forem encerradas as operações da empresa.
“Convido todos a conhecer mais detalhes do Programa Autazes Sustentável que engloba todos os programas que iremos implantar em Autazes e região. Estamos muito orgulhosos das parcerias desenvolvidas com diversas entidades do Amazonas. Juntos podemos fazer mais e melhor”, complementou Adriano Espeschit.
Contrapartida voluntária
As ações de contrapartida socioambientais estão previstas para durar além do período de vida do empreendimento, procurando dar sustentabilidade e autonomia às comunidades em relação ao empreendimento, tendo como referência os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
“São ações que apoiarão as vocações e potencialidades econômicas locais e incentivarão a introdução de novos empreendimentos, aproximando a cultura e os saberes tradicionais e o conhecimento técnico-científico. Assim, por meio de parcerias com entidades públicas, privadas e sociais, serão implementados programas e projetos visando promover o crescimento econômico, o desenvolvimento social, o uso sustentável dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente”, ressalta a empresa.
Entre os programas e projetos destacam-se: Programa de Apoio a Economia Local; Programa de Apoio para a Melhoria dos Serviços Públicos; Programa de Qualificação de Mão-de-Obra; Projetos de Apoio à Pesca Sustentável; Projeto de Implantação de Sistemas Agroflorestais; Projeto de Apoio ao Turismo de Base Comunitária, entre outros.
O Projeto Potássio Autazes também destinará recursos para as áreas cultural e de preservação do patrimônio histórico com o apoio a museus, sítios arqueológicos e artesanato tradicional. “Teremos ainda o compromisso de destinar 2% da nossa produção de Cloreto de Potássio para empreendimentos da chamada Agricultura Familiar, desde que atendam alguns requisitos que ainda serão definidos”, informa, em primeira mão, Adriano Espeschit.
Interiorização do desenvolvimento
Segundo a Potássio do Brasil, o projeto contribuirá com o Governo do Amazonas e com a SUFRAMA no esforço de fortalecer a economia, distribuir riqueza e gerar alternativas econômicas – hoje tão concentradas em Manaus – em combinação com as diretrizes desses órgãos para interiorizar o desenvolvimento, por meio de estímulos ao aproveitamento de outras potencialidades regionais e atração de novos negócios.
Fertilizantes
A produção do fertilizante da Potássio do Brasil atenderá parte da demanda da agricultura brasileira. O fertilizante poderá ser utilizado diretamente ou misturado com outros nutrientes como o Nitrogênio, o Fósforo e o Magnésio, para se obter NPK, KMg e outras misturas de fertilizantes adequadas aos diversos tipos de solo.
“Os clientes do estado do Mato Grosso serão beneficiados devido a proximidade do Projeto Potássio Autazes com o maior consumidor de Cloreto de Potássio do agronegócio brasileiro”, afirma Adriano.
Quem é a Potássio do Brasil?
A Potássio do Brasil é uma empresa privada brasileira, com atuação na região desde 2009. Possui investidores brasileiros, ingleses, australianos e canadenses, somando 15% de investidores nacionais e 85% estrangeiros, com perspectivas de atração de mais investidores brasileiros à medida que o projeto é desenvolvido.