Na primeira fase do projeto, a mineradora pretende produzir 220 mil toneladas por ano, com previsão de dobrar a produção na segunda fase.

A mineradora Sigma Lithium concluiu a terraplenagem de fundação da unidade fabril de produção e beneficiamento de lítio, localizada nos municípios de Araçuaí e Itinga (MG), no Vale do Jequitinhonha, a 600 km de Belo Horizonte. Com isso, a empresa dá início, este mês, à fase de construção da unidade produtiva.

Segundo a empresa, a expectativa é começar a produção de concentrado de lítio de grau de bateria ambientalmente sustentável no 4º trimestre deste ano.

Na primeira fase do projeto, a Sigma pretende produzir 220 mil toneladas por ano. Já na segunda fase, que deve começar até o fim de 2023, a produção deve dobrar para 440 mil toneladas por ano.

A mineradora emprega, atualmente, 300 pessoas e tem previsão de ampliar esse número para 500 colaboradores. A Sigma Lithium fechou 2021 com caixa e equivalentes de caixa de C$ 155,4 milhões (dólares canadenses), aproximadamente US$ 124,6 milhões. Segundo a companhia, o saldo é suficiente para levar o projeto à fase de produção.

“Temos R$ 700 milhões para finalizar as obras. O investimento total, de R$ 1,2 bilhão, estará concluído até setembro deste ano”, afirmou Ana Cabral-Gardner, co-CEO da Sigma.

No fim de março, o Bank of America (BofA) incluiu a Sigma na lista das 50 melhores empresas no mundo para se investir, diante da perspectiva futura de escassez de recursos. O banco citou como diferencial da empresa a sua estratégia sustentável.

Seu processo produtivo será alimentado por energia limpa e a companhia utilizará circuitos de recirculação de água de última geração em seu processamento aliado ao gerenciamento de rejeitos de empilhamento a seco. Segundo a empresa, o processo DMS da planta de produção não utiliza produtos químicos perigosos, por isso seus rejeitos são 100% recicláveis ​​em indústrias auxiliares, como a cerâmica.

Segundo Ana Cabral-Gardner, a empresa construiu uma estação de tratamento de esgoto na fábrica para usar água de esgoto do Rio Jequitinhonha na produção do lítio. Esse projeto encareceu o custo da fábrica em 16%.

 

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