North Star quer elevar imagem do refino de ouro no Brasil com o uso da mais alta tecnologia internacional.

“Refinar ouro, proteger o meio ambiente e cuidar das pessoas”, essa é a proposta da North Star, empresa especializada no refino de metais preciosos, que chega ao Pará com a intenção de pensar o mercado de ouro com uma perspectiva diferente da habitual. De acordo com a empresa, a pretensão é reformular, aos poucos, toda a mecânica do setor, no Brasil, com tecnologia de ponta e os padrões internacionais rigorosos para os negócios.

“Antes de iniciarmos o funcionamento, já estamos trabalhando totalmente alinhados e comprometidos com os pilares do ESG. E não olhamos apenas para a preocupação com o meio ambiente, que é óbvia. Vamos propor processos sustentáveis e saudáveis em todas as etapas em que estamos envolvidos, no refino de ouro. E isso vai da seleção dos nossos clientes, passando pela preferência por contratação de mão de obra local, respeitando todas as diretrizes trabalhistas e observando o que mais podemos oferecer. Investindo, por exemplo, na capacitação dessas pessoas, e indo até os investimentos sociais para comunidades carentes em regiões de mineração ou próximas à refinaria. Além disso, temos também a intenção de incentivar, financiar e cobrar junto aos nossos clientes políticas de boas práticas ambientais”, explicou Mauricio Gaioti, presidente da North Star.

A empresa ainda não entrou em operação, está em fase de estruturação, finalizando inclusive a construção do prédio que deve abrigar a sede do empreendimento, em um ponto entre a baía do Guajará e a avenida Artur Bernardes, no bairro industrial do Tapanã, na capital paraense. Serão três andares para abrigar os trabalhadores.

“Teremos maquinários de refino e fundição de ponta, tecnologia que ainda não chegou ao País. A estrutura de construção e de segurança instalada equivale a grandes e renovadas transportadoras de valores. Também fizemos o treinamento dos funcionários, incluindo intercâmbios para cooperação técnica e aquisição de conhecimento, acrescentou Gaioti.

Para contribuir com o desenvolvimento deste mercado no Brasil, a North Star importou equipamentos de refino e fundição italianos, completamente automatizados, que vão além da eficiência do processo do refino, pois todos os gases estão fechados em um processo automatizado de exaustão, que vai para um lavador de gases para neutralização de todos os ácidos ali presentes, segundo a empresa.

O ouro no Brasil é um dos sustentáculos da economia nacional. A extração do minério movimenta, anualmente, R$ 14,2 bilhões por ano, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), e o País ainda tem uma larga reserva, com muitos projetos em andamento.

“De fato, o Brasil ainda não encontrou o seu real potencial aurífero, ainda falta muito investimento e novas mineradoras para que possamos avançar para uma nova fase. Mas, por outro lado, para atrair grandes projetos, o segmento como um todo precisa, urgentemente, incorporar o que propõem as políticas ESG e, ao mesmo tempo, aumentar a segurança jurídica, com estabilidade, leis claras e fiscalização. Acreditamos que o setor ainda precisa amadurecer em ações de ESG e ter maiores controles por parte das empresas. Por isso é importante a intensificação do debate para que possamos criar uma regulação clara e propícia para o nosso mercado”, concluiu o executivo.

De acordo com a North Star, a empresa pretende ser a ponta da lança do movimento de verticalização da cadeia produtiva do ouro principalmente na região norte, onde o Brasil passará a não ser mais só um exportador da commodity bruta, mas também exportador de ouro refinado em padrão internacionalmente aceito, ou seja, 24k (99,99% de pureza).

“A refinaria faz parte deste processo, pois também gera empregos, capacitação, consome produtos e insumos fabricados no Brasil, ou seja, é uma atividade com grande geração econômica e de divisas para o país que, posteriormente, são distribuídas através da compra de produtos e serviços necessários para o processo produtivo”, informou a empresa.

North Star Refino

A empresa, localizada em Belém (PA), é especializada no refino de metais preciosos e deve implantar a primeira indústria com tecnologia de ponta para beneficiamento deste tipo de minério no Estado, tendo o ouro como carro-chefe.

A capacidade inicial será de 24 toneladas de minério ao ano, podendo chegar a 48 toneladas anuais, o que corresponde a mais de 50% da produção nacional de ouro. A North Star Refino S.A. quer se tornar uma das maiores indústrias refinadoras do país, tornando a produção verticalizada e agregando ainda mais valor ao produto nacional.

 

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