Foram 75,7 milhões de toneladas de produtos minerais exportados no trimestre, 11% a menos em comparação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), nesta terça-feira (26/04), as exportações minerais tiveram queda no 1º trimestre de 2022 (1T22) na comparação com o 1º trimestre de 2021 (1T21) e 4º trimestre de 2021 (4T21), assim como o saldo do setor.
As exportações foram afetadas, devido à China, maior compradora de minérios do Brasil, ter reduzido em 31% as importações no 1T22, na comparação com o 1T21, e em 29%, em relação ao 4T21.
As exportações de minérios totalizaram US$ 9,4 bilhões no 1T22. Uma queda de 22,8% em relação ao 1T21 (US$ 12,1 bilhões) e queda de 21,3% em relação ao 4T21. Foram 75,7 milhões de toneladas de produtos minerais exportados no 1T22, 11% a menos do que no 1T21 e 20,2% a menos do que no 4T21.
As importações de minérios totalizaram US$ 3,2 bilhões, crescimento de 119,9% em relação ao 1T21 (US$ 1,5 bilhão) e queda de 3,1% em relação ao 4T21 (US$ 3,3 bilhões).
Em relação ao minério de ferro, as exportações de 72,3 milhões de toneladas no 1T22 totalizaram US$ 6,4 bilhões, resultado abaixo do 1T21 e do 4T21. Em toneladas a queda foi de 11,1% e 20,6%, respectivamente; em dólar 30,9% e 22,3%.
As exportações de 21,4 toneladas de ouro no 1T22 totalizaram US$ 1,15 bilhão, resultado abaixo do 1T21 e do 4T21. Em toneladas a queda foi de 9,5% e 24,7%, respectivamente; em dólar 6,1% e 20,1%.
Outras substâncias minerais tiveram os seguintes resultados em operações de exportação:
- cobre: 10,6% a mais em dólar em comparação com o 1T21 e menos 32% em relação ao 4T21. Em toneladas foram exportadas 19,5% a menos do que no 1T21 e 33,4% a menos do que no 4T21;
- bauxita: 15,3% a menos em dólar em comparação com o 1T21 e menos 24,7% em relação ao 4T21. Em toneladas foram exportadas 22,4% a menos do que no 1T e 26,9% a menos do que no 4T21;
- nióbio: 41,4% a mais em dólar em comparação com o 1T21 e mais 4,8% em relação ao 4T21. Em toneladas foram exportadas 23,4% a mais do que no 1T21 e 5,1% a mais do que no 4T21;
- pedras e revestimentos: 7,6% a mais em dólar em comparação com o 1T21 e menos 30,3% em relação ao 4T21. Em toneladas foram exportadas 1,7% a menos do que no 1T21 e 23,5% a menos do que no 4T21;
- caulim: 0,4% a menos em dólar em comparação com o 1T21 e mais 71,9% em relação ao 4T21. Em toneladas foram exportadas 0,1% a mais do que no 1T21 e 76,5% a mais do que no 4T21;
- manganês: 40,2% a menos em dólar em comparação com o 1T21 e mais 10,4% em relação ao 4T21. Em toneladas foram exportadas 39,6% a menos do que no 1T21 e 22% a mais do que no 4T21;
De acordo com o Ibram, minério de ferro, ouro, cobre e nióbio foram responsáveis por 93% das exportações, em US$, no 1T22.
Em relação às importações de minérios, o potássio – utilizado para fabricar fertilizantes – foi responsável pela maior parcela das importações minerais (46%), seguido pelo carvão (40%), no 1T22. Em dólar, a importação de carvão cresceu 179% e a de potássio 157%, na comparação com o 1T21.
