Os números do segundo trimestre, da Anglo American, apontam queda na produção dos seus principais ativos, minério de ferro, cobre, níquel e diamante.
A mineradora Anglo American divulgou o relatório de produção do segundo trimestre deste ano (2T22), nesta quinta-feira (21/07). De acordo com o documento, a produção de minério de ferro foi de 14,4 milhões de toneladas (Mt), uma retração de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, devido à intervenção de segurança na mina Kolomela da Kumba, na África do Sul, além da manutenção planejada no Sistema Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro (MG).
A produção de cobre, no trimestre, foi de 134 mil toneladas, queda de 21% na comparação ao 2T21, devido a teores mais baixos planejados e disponibilidade de água, segundo a empresa.
A produção de diamantes brutos alcançou 7,9 milhões de quilates, apontando queda de 4% em relação ao 2T21, refletindo notas mais baixas no Canadá e em Botsuana. Ainda sim, a meta de produção da companhia em 2022 aumentou para 32-34 milhões de quilates (anteriormente 30-33 milhões de quilates), devido à demanda robusta e forte desempenho operacional acumulado no ano, conforme destacou no relatório.
A produção de níquel foi de 10,3 mil toneladas, retração de 3% em relação às 10,6 mil toneladas alcanças no mesmo período do ano anterior.
Para Duncan Wanblad, CEO da Anglo American, a expectativa é de um segundo semestre mais forte, com a melhora do desempenho operacional. “Nosso desempenho de produção começou a melhorar no segundo trimestre de 2022, com impulso operacional e nosso foco na resiliência de ativos, nos posicionando bem para um segundo semestre mais forte. A orientação de produção para 2022 permanece inalterada para cobre e minério de ferro, aumentou para diamantes e diminuiu para carvão siderúrgico. No geral para o segundo trimestre, a produção foi de 9% menor em comparação com o mesmo trimestre de 2021, principalmente devido aos teores e disponibilidade de água mais baixos esperados em cobre e manutenção planejada no Minas-Rio.
“Nosso projeto Quellaveco recentemente comissionado no Peru entregou o primeiro concentrado de cobre no início de julho e contribuirá para nossa produção de cobre no segundo semestre. É um marco importante na entrega desse ativo de longa vida útil de classe mundial, dentro do prazo e do orçamento. Espera-se que a Quellaveco adicione cerca de 10% à nossa produção global quando estiver totalmente operacional”, destacou o executivo.