Receita líquida da companhia caiu 31% para R$ 10,5 bilhões. Ebitda recuou 60% para R$ 3,2 bilhões no 2T22.

O balanço divulgado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na noite desta segunda-feira (15/08), registrou um lucro líquido de R$ 369 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), número 93% menor do que o R$ 5,5 bilhões do mesmo período do ano imediatamente anterior (2T21).

O recuo do lucro se dá ao mesmo tempo em que a receita líquida caiu 31%, chegando a R$ 10,5 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recuou 60%, ficando em R$ 3,2 bilhões.

“Essa redução de rentabilidade é consequência direta do desempenho no segmento de mineração, com a menor realização de preço do minério de ferro durante o período. Quando se observa os demais segmentos, percebe-se uma estabilidade em siderurgia e uma forte recuperação de rentabilidade para cimentos, que voltou a apresentar margens acima dos 30% (foi 34,2% no 2T22)”, destacou a companhia.

As vendas de aço recuaram 17% na base anual, ficando em 1,06 milhão de toneladas, mesmo número de recuo do minério, com 7,5 milhões de toneladas comercializadas.

O custo dos produtos vendidos avançou 3,7% na base trimestral, ficando em R$ 7,5 bilhões – o que a siderúrgica explica pelo aumento do preço do carvão e do coque. As despesas com vendas, gerais e administrativas saltaram 10,8% na base trimestral, para R$ 651 milhões, com maiores gastos com fretes.

A empresa ainda gastou R$ 342 milhões no segundo trimestre com hedge, totalizando R$ 638 milhões de gastos do grupo outras receitas e despesas operacionais.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 890 milhões, ante déficit de R$ 340 milhões do mesmo trimestre de 2021. A CSN fechou junho com uma dívida líquida de R$ 21,03 bilhões, ante R$ 18,6 bilhões em março deste ano e R$ 13,2 bilhões em junho de 2021.

CSN Mineração

A CSN Mineração registrou lucro líquido de R$ 826 milhões no segundo trimestre de 2022 frente os R$ 2,5 bilhões registrados no mesmo período de 2021. Já o Ebitda ajustado caiu 82%, chegando a R$ 907 milhões. Os resultados ficam um pouco acima das expectativas do Bradesco BBI, diante da realização de preços melhor do que o previsto pelo banco, que admite ter sido conservador quanto ao impacto de um mix de produtos pior no período. O banco manteve recomendação “outperform” (compra) para as ações, com preço-alvo de R$ 7,40 (upside de 90%).

As duas empresas atualizaram suas projeções também. O custo caixa C1 na mineração passou de uma expectativa de US$ 18/ton para um patamar entre US$ 20/ton a US$ 22/ton em 2022. Já o volume total de minério de ferro produzido somado às compras de terceiros deve ficar entre 36 milhões e 38 milhões de toneladas em 2022.

 

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