Em setembro, a exportação de minério de ferro foi de 36,295 milhões de toneladas, maior volume desde setembro de 2020.

A exportação de minério de ferro do Brasil aumentou 8,7% em setembro na comparação com o mesmo período do ano passado, somando 36,295 milhões de toneladas, configurando-se no maior volume mensal em dois anos, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira (03/10).

No período, esse volume só fica abaixo do registrado em setembro de 2020, quando o Brasil exportou 37,47 milhões de toneladas.

Setembro é um mês em que historicamente os embarques do Brasil são fortes, já que chove menos no Norte do país, onde está Carajás (PA), a maior mina do Brasil, da Vale. Em agosto, os embarques de minério de ferro do Brasil tinham somado 33,4 milhões de toneladas.

Mesmo com o aumento dos volumes, a receita com os embarques da commodity caiu para US$ 2,7 bilhões em setembro, versus aproximadamente US$ 4 bilhões no mesmo período do ano passado, quando os preços estavam 60% mais altos.

Projeção de superávit

O aumento de gastos com fertilizantes e combustíveis fez o Ministério da Economia revisar para baixo a projeção de superávit comercial (exportações menos importações) este ano. A estimativa caiu de US$ 81,5 bilhões, previstos em abril, para US$ 55,4 bilhões, uma redução de 32,7%. A cada 3 meses, o governo divulga uma nova previsão.Apesar da queda, pode ser o segundo melhor resultado anual da balança comercial desde o início da série histórica, em 1989. O melhor superávit comercial registrado até hoje foi no ano passado, quando o país exportou US$ 61,407 bilhões a mais do que importou, beneficiado pela valorização das commodities (bens primários com cotação internacional).

Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas do Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, existem dois fatores principais para a revisão da estimativa: a queda no preço internacional do minério de ferro nos últimos meses e os reflexos da guerra na Ucrânia, que encareceram os fertilizantes e os combustíveis.

“O que temos observado no ano é o crescimento da importação bastante acima do esperado. A exportação vem mais ou menos em linha com o inicialmente projetado”, explicou Brandão. “Os preços de combustíveis, de adubos e fertilizantes, principalmente, influenciam esse movimento”, acrescentou.

 

Com informações da Reuters.

 

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