“Mesmo sem degradar a área, nós temos o forte compromisso de reflorestar um espaço dez vezes maior do que o que iremos ocupar na superfície”, afirma Adriano Espeschit, presidente da companhia.

A COP 27 chegou ao fim, mas as questões levantadas na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito, continuarão ecoando no Brasil, especialmente na Amazônia. Um dos principais focos da conferência, que reuniu representantes de quase 200 países, foi reiterar compromissos anteriores e definir ações efetivas para reduzir os impactos das mudanças climáticas na vida mundial.

Aqui no Brasil, uma das empresas que já vem adotando processos que seguem os critérios de ESG (Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa, em tradução livre) é a Potássio do Brasil.

A empresa investe na implantação do Projeto Potássio Autazes, localizado no município homônimo, que fica a 112 Km de Manaus, no Amazonas. Na localidade será realizada a extração e tratamento do minério de potássio, nutriente essencial para a fertilização do solo, aumentando a qualidade e a produtividade das plantações.

Já foram investidos mais de US$ 230 milhões na descoberta e no desenvolvimento do projeto e outros US$ 2,5 bilhões serão investidos até o final da construção.

Adriano Espeschit, presidente da Potássio do Brasil.

“É importante que os empreendimentos que pretendem se instalar na Amazônia estejam em consonância com essa realidade. Se de um lado necessitamos dos recursos naturais para a nossa qualidade de vida cotidiana, por outro também precisamos conservar o meio ambiente para a nossa sobrevivência e das demais espécies do planeta. Por isso, temos de conciliar as duas coisas”, pondera o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit.

De acordo com o executivo, a companhia quer garantir o desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade ambiental. “Nossa operação pode reduzir consideravelmente a emissão de gases de efeito estufa envolvida no transporte internacional do potássio, já que produziremos dentro do próprio país mais de 20% do que o Brasil precisa anualmente”, revela Espeschit.

Outro ponto debatido na COP27 foi o desmatamento nos biomas brasileiros, com destaque para a Amazônia. A Potássio do Brasil afirma que não haverá desmatamento de floresta primária (mata virgem) em nenhuma área, tendo em vista que as futuras instalações industriais serão construídas em áreas já desmatadas por outras atividades econômicas, uma forma de reutilizar o solo e evitar o avanço em novas áreas para produção.

“Não existe nenhuma degradação nos locais que nós vamos ocupar na superfície. Mesmo assim, nós temos o forte compromisso de reflorestar um espaço dez vezes maior do que o que iremos ocupar na superfície”, afirma Espeschit, informando ainda que mais de 20 mil mudas já foram doadas ao município neste ano para projetos de reflorestamento e arborização urbana de Autazes.

Para ele, as empresas devem investir em soluções sustentáveis. “Não há mais como falar em desenvolvimento tecnológico e econômico sem pensar em melhorar a qualidade de vida das comunidades ou ignorar questões ambientais. Por isso, a nossa mineração é responsável e tem essa preocupação”, enfatiza.

Agricultura sustentável

A agricultura sustentável e a adoção de práticas sustentáveis no agronegócio também foram temas do encontro no Egito. Nesse sentido, os projetos sociais da empresa preveem fornecimento subsidiado de cloreto de potássio para agricultores familiares. Essa iniciativa é para evitar que haja desmatamento por conta da atividade e promova um melhor aproveitamento do solo das pequenas e médias produções familiares.

“Todas as economias mundiais estão preocupadas com o aquecimento global e a necessidade de ações efetivas para evitar danos maiores. Já estamos fazendo a nossa parte desde agora”, complementa Adriano.

Sobre a COP 27

A COP 27 foi a 27ª reunião anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). O encontro foi realizado este mês, na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito, com o objetivo de promover a cooperação internacional em busca do cumprimento das metas fixadas anteriormente, a fim de acelerar as ações sobre as mudanças climáticas e a redução da emissão de gases do efeito estufa.

Participaram da COP 27 os países signatários da UNFCCC, criada no contexto da ECO-92 e ratificada atualmente por 198 países. As reuniões da COP são anuais e acontecem desde 1995.

Projeto Potássio Autazes

A Potássio do Brasil está implantando um projeto de extração e beneficiamento desse minério no município de Autazes (AM), que terá vida útil de 23 anos e capacidade de produção de 2,2 milhões de toneladas de cloreto de potássio ao ano.

Atualmente, o Projeto Potássio Autazes já possui a Licença Prévia (LP) expedida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e aguarda a liberação da Licença de Instalação (LI), além do término da consulta ao povo indígena Mura de Autazes e Careiro da Várzea, deflagrada em 2019.

O processo sofreu paralisação por conta da pandemia de Covid-19, mas as consultas foram retomadas em 2022, com a realização do segundo passo: a Assembleia de Urucurituba. Também foram iniciadas as reuniões locais em cada uma das aldeias, que fazem parte dos terceiro e quarto passos do Protocolo.

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