Ministro participou de evento que celebrou os 46 anos do Ibram e destacou o papel importante do setor na transição energética mundial.

A mineração é uma das rotas para o Brasil atrair capital estrangeiro em grande volume nos próximos anos e dobrar a participação do setor no PIB, de 2,4% para 5%. É o que afirmou o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, na sede do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), em Brasília, na tarde desta 3ª feira (29/11). A entidade celebrou o 46º aniversário e seu diretor-presidente, Raul Jungmann, apresentou um balanço do setor em 2022.

Em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia, “há uma realocação do portfólio de investimentos, saindo do Leste Europeu, da Ásia e em busca de um ‘porto seguro'”, analisou o ministro. Como há um interesse mundial pela transição energética e “é impossível” alcançá-la sem aumentar a oferta de minérios, esta é a grande oportunidade para a mineração prosperar e gerar ainda mais riqueza, empregos e oportunidades para os brasileiros.

Sachsida disse que, para o Brasil se mostrar um porto seguro, no setor de mineração, é preciso renovar os marcos legais dessa atividade, criar instrumentos para financiar seus projetos, criar um ambiente de negócios mais seguro e com previsibilidade, entre outras providências. Segundo ele, é preciso resolver tais situações para não condenar o país a “não crescer”.

Diversas autoridades federais e estaduais, além de empresários de vários setores, embaixadores e demais representantes de delegações diplomáticas participaram da solenidade.

O ministro Sachsida recebeu uma placa em homenagem ao trabalho conduzido à frente do Ministério de Minas e Energia das mãos de Raul Jungmann. O dirigente do Ibram lembrou que a indústria mineral é sólida economicamente, “mas nós não somos apenas números”, afirmou. Disse que está no centro das atenções e ações do setor mineral a sustentabilidade, a transição para uma economia de baixo carbono, o combate às mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade, entre outros temas fundamentais para o presente e o futuro da humanidade.

Jungmann disse também que o Ibram e as mineradoras associadas estão reforçando sua atuação em relação a esses temas e citou dois exemplos: o lançamento do Livro Verde da Mineração, com diversos casos de preservação ambiental a cargo das mineradoras; a Conferência Internacional Amazônia & Bioeconomia, que está em fase de estruturação e será realizada em agosto de 2023 em Belém (PA). A inédita conferência será realizada durante o maior evento da mineração da América Latina, a Exposibram 2023.

O dirigente ressaltou que a mineração será um agente promotor do debate e também de ações para estabelecer um projeto de desenvolvimento efetivamente sustentável para a Amazônia, em articulação com demais organizações e também governos. Segundo Raul Jungmann, é preciso desenvolver a Amazônia social e ambientalmente, com respeito aos povos originários, de modo a criar perspectivas positivas de futuro para a população daquela região. “A mineração tem um importante papel a desempenhar em relação a esse desafio”, afirmou.

O presidente do Conselho Diretor, Wilfred Bruijn, disse na solenidade que o Ibram terá a meta de fortalecer suas ações em 2023 e buscar maior reconhecimento para o relevante papel socioambiental e econômico da mineração. “Nesse sentido, vamos promover uma série de ações e eventos que vão ser decisivos para estabelecer os rumos da mineração do futuro, cada vez mais responsável, segura e sustentável”, disse.

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