Com a chegada da tecnologia, qualquer mineradora pode aumentar seu desempenho e competitividade.
Sensores, drones, IoT (Internet das coisas) e sistemas gerenciais que analisam dados em tempo real. Essas são apenas algumas das tecnologias já presentes em boa parte das grandes mineradoras. Para acompanhar o ritmo da Indústria 4.0, esse segmento vem se modernizando e, com isso, colhendo excelentes resultados.
Mais produtividade, assertividade e performance são consequências naturais desse novo momento. Afinal, todas as inovações trazem informações ou realizam ações que, antes, seriam impossíveis. E isso não se restringe apenas ao maquinário. A Mineração 4.0 exige que a mineradora seja vista de maneira holística, na qual todas as áreas precisam estar em sintonia.
Por isso, neste artigo, trouxemos um pouco mais sobre como a tecnologia impacta a performance da mineradora, abordando esses diferentes aspectos. Continue a leitura!
Conheça as principais mudanças que a tecnologia leva para a mineradora
Para dar uma ideia de todos os aspectos que são impactados pela tecnologia, elencamos três seções de uma mineradora. Confira abaixo.
Maquinário
Mesmo que a tecnologia não seja explorada apenas nos equipamentos, é impossível não mencioná-los. Até porque é neles que as inovações são mais perceptíveis. Como mencionamos, os caminhões autônomos são um ótimo exemplo. Controlados remotamente, podem dar continuidade à produção nos meses de chuva, quando a segurança é uma preocupação constante.
A precaução em tornar a atividade menos agressiva ao meio ambiente também trouxe mudanças para os ativos. Veículos menores, como escavadeiras, agora vêm com um motor a diesel diferente, adequado à norma Euro 6. O objetivo é reduzir a emissão de gases tóxicos e materiais particulados na atmosfera. Porém, a fim de que seja alcançado, é necessário adequar os insumos utilizados — a exemplo dos lubrificantes.
Por outro lado, vencidos os primeiros desafios, os benefícios são claros. Equipamentos com menor desgaste, maior vida útil do lubrificante e aumento da disponibilidade e confiabilidade são, sem dúvidas, os principais. Como você sabe, esses fatores se traduzem facilmente em performance. Com mais tempo em operação, a produtividade da mineradora aumenta e, consequentemente, a competitividade.
Processos
Quando falamos na atividade mineradora, comumente pensamos nas fases de extração e beneficiamento. Mas para que isso possa acontecer conforme o planejado, muitos setores atuam “nos bastidores”. E um dos que mais percebeu o impacto das inovações foi o de suprimentos. Afinal, é ele quem negocia os insumos que serão utilizados e, caso estes não estejam de acordo com as novas tecnologias, a eficiência é posta em xeque.
Não à toa, o papel do profissional de compras na mineração vem ganhando destaque. E a tecnologia está ajudando nesse protagonismo. Agora, os compradores têm acesso aos dados gerados pelas máquinas, sensores e outras automações da linha de produção. Desse modo, eles podem realizar aquisições assertivas, planejadas e que cumpram todas as especificações necessárias.
Com isso em mãos, fica mais fácil unir saving e performance. As inovações voltadas para o setor tornam a gestão de contratos de fornecedores mais acurada, visto que os softwares fornecem relatórios os quais, antes, tomariam bastante tempo dos profissionais. Eles também auxiliam na previsibilidade, algo importante para essa área, pois, para qualquer mineradora, não é interessante possuir um grande estoque. Assim, os compradores conseguem manejar o calendário de aquisições e evitar que muitos insumos fiquem parados, tornando-se um capital imobilizado.
Manutenção
Nessa área, as tecnologias promoveram um avanço significativo — até mesmo em tecnologias já existentes, como a lubrificação centralizada. Esta é feita por meio de um ativo próprio que distribui o óleo pelas máquinas, mas vem sendo aprimorada para ficar cada vez mais precisa. Dessa maneira, garante-se a assertividade do trabalho, sem correr riscos de aplicar mais ou menos fluido que o recomendado pelo fabricante.
Ainda, a manutenção assistida tem se popularizado. Nela, os equipamentos contam com recursos que fazem autodiagnósticos. Isso permite uma antecipação ao reparo de falhas, pois eles informam quando e onde é necessário fazer algum conserto. A partir da coleta de dados, os profissionais de manutenção conseguem antever quando será necessária uma intervenção. Dessa forma, reduz-se o tempo de inatividade da máquina, tendo em vista que ela não chegará ao colapso e isso, por sua vez, leva a uma redução dos custos da manutenção.
Saiba o que esperar da aplicação da tecnologia nas mineradoras
Pela descrição dos tópicos acima, não é difícil ver como todas essas tecnologias podem se converter em performance. Afinal, com máquinas e insumos mais modernos e profissionais mais engajados em encontrar gargalos que atrapalham a produção, é natural que a produtividade aumente.
Contudo, o melhor desempenho se mostra de outras formas. A segurança das operações é uma delas. A partir das informações coletadas e, também, dos sensores que avisam quaisquer inconformidades, as máquinas se tornam mais confiáveis. O exemplo que você leu acima do caminhão autônomo é outra forma de mostrar como a segurança é potencializada. Isso porque, com o veículo sendo controlado remotamente, o operador não se expõe mais a riscos durante as chuvas.
A sustentabilidade também ganha com a implementação de tecnologias na mineradora. Não apenas por conta das novas determinações que obrigam as companhias a se adequarem, como por causa do menor número de paradas às quais os equipamentos precisam ser submetidos. Um fluido mais robusto, com uma vida útil mais longa, exigirá menos substituições. Esse é um ótimo sinal não só para quem precisa gerir os custos de troca, mas pelo descarte do óleo lubrificante que, se não for feito da maneira correta, torna-se um grande problema ambiental.
Como você viu até aqui, a tecnologia traz ganhos em diferentes âmbitos. E é importante salientar que, uma vez implementada, ela deve se estender a todos os setores da mineradora. Isso porque de nada adianta investir em equipamentos modernos e não atualizar os lubrificantes. Ou então, munir a manutenção de inovações e deixar a equipe de compras defasada, imersa em planilhas e controles manuais.
Esse artigo foi criado em colaboração com o PETRONAS Inovação Industrial. Gostou do conteúdo? Siga acompanhando os canais da Revista Mineração, e também os do parceiro: Instagram, LinkedIn e Facebook.