Por Weder Queiroz*
O sonho de toda manutenção industrial é trabalhar somente com paradas programadas, com planejamento detalhado, todas as ferramentas necessárias à disposição e com efetivo adicional necessário já contratado e treinado para executar os reparos em equipamentos identificados.
Os danos causados pelas paradas não programadas vão muito além do prejuízos estruturais e de produtividade: as interrupções fora do escopo inicial oferecem grande riscos à integridade dos colaboradores, submetidos a atividades de reparação de alta periculosidade e com prazos apertados, fatores que elevam o risco de acidentes.
Quando falamos de mineradoras, temos que levar em consideração mais um detalhe. Além dos equipamentos rotativos, como rolamentos, motores, redutores entre outros equipamentos em que é possível identificar possíveis indícios de falhas antes delas acontecerem, há também os desgastes em materiais por onde o minério é transportado.
Com a grande abrasividade do material em transporte, muitos dos equipamentos sofrem com a perda de estrutura, perda de eficiência ou até param de funcionar muito antes de uma programação de manutenção daquela máquina.
Com o tempo, a mineração mundial foi tentando cada vez mais trabalhar com metais mais duros e revestimentos que estendam a vida destas peças que desgastam, até ter um tempo destinado para sua manutenção.
Chapas de materiais mais duros, revestimentos de borracha ou aplicados por solda com eletrodos de ligas específicas foram desenvolvidos para atender estas demandas. Dentre eles surgiram como uma solução de aplicação sem tantos riscos e de fácil adaptação aos diferentes formatos de equipamentos e materiais utilizados: os polímeros compósitos.
São polímeros com cargas que prolongam a vida de um equipamento ao desgaste ocasionado por diferentes tipos de desgaste, podem ser utilizados em uma tubulação que enfrenta toda a abrasividade de uma lama mineral até em um moinho onde há impacto causado pelo minério ou pelo que se é utilizado para moer o mesmo, sejam esferas, barras ou algum outro.
Mesmo estes produtos poliméricos do mercado hoje têm seu desgaste de acordo com os materiais que passam por ele, ainda não eliminando de vez as paradas para manutenção corretiva.
Para que seja cada vez menos o número destas correções de emergência nas máquinas por desgaste, empresas como a Loctite investem na evolução de suas soluções desta categoria para trazer durabilidade e maior tempo de trabalho de suas resinas para dar mais tempo de equipamento trabalhando, conseguindo chegar a uma agenda programada de manutenção.
Em testes, algumas destas soluções podem trazer uma resistência até 3 vezes maior à abrasão e outras com resistência a extremo impacto sem deixar os equipamentos várias horas parados. Tecnologias como os Loctite PC 7332 e PC 9593 são específicas para revestimentos contra desgaste, formando barreiras que protegem a máquina contra desgastes.
O prolongamento da vida útil de equipamentos críticos possibilita que a operação rode sem interrupções, diminuindo custos extras de manutenção e custos de horas paradas não programadas, afastando também a possibilidade de possíveis acidentes devido à falta de planejamento para a manutenção.
*Weder Queiroz, Gerente de Vendas da Henkel.