Com cerca de 40 expositores confirmados, o evento deve gerar mais de US$ 20 milhões em negócios.
De 8 a 10 de novembro será realizada a sétima edição da Fortaleza Brazil Stone Fair (FBSF), uma das maiores feiras de rochas ornamentais do mundo. O evento acontece no Centro de Eventos do Ceará (Portão B), das 14h às 20h. A entrada será gratuita, mas é necessário realizar o credenciamento no site (clique aqui) ou na recepção da feira.
A FBSF irá apresentar as principais novidades do setor e mostrar todo potencial da cadeia produtiva de mármores e granitos cearenses, aumentando a sinergia entre arquitetos, engenheiros, construtores, decoradores e designers, principalmente.
Com cerca de 40 expositores confirmados, entre eles Quatzblue, Vermont Mineração, Mineração São Luiz e Granos, o evento deve gerar mais de US$ 20 milhões em negócios, segundo Carlos Rubens Alencar, presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran). “A FBSF vai mostrar para o mundo as belezas das rochas cearenses e fomentar ainda mais a economia local”, complementa Carlos Rubens.
Faz parte da programação o 4º Fórum do IBRO – Instituto Brasileiro das Rochas Ornamentais – que terá como tema “Pensando o setor em 2068”. Entre os debatedores estarão o alemão Peter Becker, considerado uma das principais referências mundiais no setor de rochas naturais; Álvaro Abreu, idealizador da Cachoeira Stone Fair e do Centro Tecnológico do Mármore e Granito (CETEMAG), ambos localizados no Espírito Santo; e Tales Pena Machado, presidente do Centro Rochas. O Fórum será realizado na quinta-feira (9), das 15h20 às 16h50.
A programação da FBSF ainda contará com reuniões de negócios, troca de experiências, abertura de mercado e lançamentos de novos materiais, equipamentos e livros, além de palestras com profissionais de referência, como a arquiteta e urbanista Miriam Runge, especialista em neuroarquitetura, técnica que consiste na aplicação de princípios fundamentais de neurociência em projetos arquitetônicos e seus processos com o intuito de criar ambientes que promovam a felicidade e o bem-estar, entre outros índices subjetivos.
A palestra da Miriam Runge sobre “Design biofílico e as rochas” acontecerá na quinta-feira (9), às 17h. O Design biofílico é uma técnica que visa incorporar elementos naturais aos ambientes. As rochas são muito utilizadas neste cenário por unir beleza, sofisticação, exclusividade e durabilidade. No evento, Miriam Runge ainda lançará o livro de sua autoria “Tampos e Pedras”.
A FBSF 2023 é uma realização do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran); com a parceria do IEL, Sesi, Senai, Fiec, CNI e Sebrae; apoio institucional do Ibro, Crea e CAU e promoção da Ikone.
Ceará é o terceiro maior exportador
Atualmente, o Ceará é o terceiro maior exportador de rochas ornamentais do Brasil, com cerca de R$ 200 milhões (US$ 40 milhões) exportados em 2022, sobretudo em blocos para a Itália e China e chapas polidas para os EUA.
O Estado também é o principal fornecedor de matéria prima bruta para o Espírito Santo, principal exportador brasileiro, com volumes que correspondem a aproximadamente R$ 250 milhões anualmente.
“O Ceará é a principal fronteira dos quartzitos, que são muito resistentes à abrasão, destacando-se o Taj Mahal que é a principal grife mundial das pedras naturais, além do Perla Venata e da Perla Santana”, frisa Carlos Rubens Alencar, presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran), organizador do evento.
Segundo o sindicato, a mineração das rochas ornamentais no Ceará também contribui para o desenvolvimento do interior do Estado, gerando emprego e renda na zona rural nas cidades de Uruoca, Santa Quitéria, Itaitinga, Massapê, Santana do Acaraú, São Gonçalo, Sobral, Coreaú, Morrinhos, Banabuiú, Mombaça, Aiuaba, Canindé e Granja.
“As perspectivas de crescimento para esses municípios e, consequentemente, para o Estado são excelentes. Estamos avançando na logística de transportes de grande volume e, com isso, reduzindo os custos, o que irá atrair novas indústrias e possibilitar o envio de peças beneficiadas, já não mais em estado bruto, para outros estados e países”, destaca Alencar.
Outro diferencial das rochas do Ceará está na questão da sustentabilidade, que utiliza tecnologias mais avançadas, sem utilização de explosivos e com planos de recuperação das áreas degradadas em consonância com os centros mais avançados, segundo a entidade.