Maior produtora do mundo alega baixa demanda no mercado nacional e aumento expressivo das importações de aço em 2023.

A ArcelorMittal informou na última sexta-feira (17/11) que vai realizar paradas técnicas programadas neste final de ano para as unidades de Resende (RJ), Piracicaba (SP) e Juiz de Fora (MG), e dar férias coletivas a seus colaboradores. A ação é motivada pela baixa demanda por aço no mercado doméstico e aumento das importações no setor.

A siderúrgica disse, em nota, que as paradas técnicas se estenderão entre novembro e dezembro, mas a empresa não informou qual seria a duração prevista das paradas, nem sua data de início.

Somente na unidade da companhia em Resende, cerca de 400 dos 668 empregados vão entrar em férias coletivas ou compensação de banco de horas, disse a ArcelorMittal, sem divulgar o número de funcionários impactados nas plantas paulista e mineira.

“A medida é parte dos esforços da empresa para adequar a sua produção frente ao cenário de baixa demanda por aço no mercado doméstico e de aumento recorde das importações”, disse a ArcelorMittal, que projeta uma redução de 1,3 milhão de toneladas na sua produção de aço no país em 2023, em comparação ao ano anterior.

Diversas siderúrgicas com operação no país, incluindo a ArcelorMittal, vêm cobrando do governo federal medidas para conter o avanço das importações. Uma delas seria a criação de um imposto de importação de 25% sobre o aço, como forma de proteger o mercado interno da competição com produtos vindos da China, onde o setor recebe subsídios do governo.

Segundo o Instituto Aço Brasil, as importações de aço cresceram 58% neste ano até setembro em comparação ao mesmo período do ano passado, para 3,7 milhões de toneladas. Em setembro, o aumento foi de cerca de 138% contra igual mês de 2022.

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