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Crédito: Divulgação/LabFabITR

Fiemg adquiriu o Laboratório de Produção de Ímãs de Terras Raras da Codemge, com investimentos de R$ 35 milhões.

Consolidando a atuação de Minas Gerais no setor de terras raras, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) assume uma postura proativa com a aquisição estratégica do Laboratório de Produção de Ímãs de Terras Raras (LABFAB ITR) da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge).

Com o compromisso de estabelecer uma base sólida para avanços significativos no setor, a federação se propõe não só a manter, mas também enriquecer o projeto localizado em Lagoa Santa com treinamento contínuo e especialização do corpo técnico.

As metas incluem o desenvolvimento de pesquisa e inovação, focando na eficiência dos ímãs e na aplicação em setores como o elétrico e automotivo. Além disso, a Fiemg planeja comissionar a única planta de produção de ímãs de terras raras do Brasil, com capacidade de produção de até 100 toneladas por ano, com o objetivo de ampliar a capacidade de produção nacional e atender à crescente demanda do mercado.

A transação, que prevê investimentos de R$ 35 milhões, foi oficializada por meio da assinatura de um termo pelo presidente da federação, Flávio Roscoe, e o diretor-presidente da Codemge, Thiago Toscano.

Aquisição do laboratório foi oficializada com a assinatura de um termo pelo presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, e o diretor-presidente da Codemge, Thiago Toscano | Crédito: Sebastião Jacinto Júnior/Fiemg

Para Roscoe, a aquisição do LABFAB ITR é um passo importante para o futuro das terras raras em Minas Gerais. Ele destacou ainda a percepção e a visão da Codemge ao construir o ativo. “O laboratório está pronto e a operacionalização vai para a iniciativa privada. A Fiemg já conta com uma rede de laboratórios e o LABFAB ITR será incorporado ao ecossistema de inovação da entidade, que conta com mais de 200 pesquisadores”, afirmou.

Ainda de acordo com o presidente da Fiemg, a estrutura vai permitir que as indústrias tenham acesso a ímãs de alta tecnologia que serão uma fonte alternativa de abastecimento.

Segundo Thiago Toscano, o laboratório enfrentava desafios operacionais em função da dependência de insumos essenciais produzidos na China. “A companhia optou por buscar um parceiro estratégico capaz de operar eficientemente a planta piloto, a planta principal e todos os laboratórios vinculados ao projeto”, explicou.

Além da produção, a Fiemg e o LABFAB ITR vão desenvolver projetos estruturantes para promover a sustentabilidade, eficiência e competitividade do setor. Para isso, serão estabelecidas parcerias com Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT’s). O movimento é um marco significativo abrindo novos horizontes para o setor de ímãs de terras raras.

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