Pela Ema é um grande depósito de argila iônica, com vida útil longa e uma proporção elevada de terras raras pesadas e leves de alto valor.

A Mineração Serra Verde anunciou, nesta quinta-feira (11/01), o início da produção comercial do concentrado misto de terras raras da Fase I de seu depósito Pela Ema, localizado no município de Minaçu, em Goiás.

Ao atingir a capacidade total, a mineradora espera produzir 5 mil toneladas por ano de óxido de terras raras – utilizado na fabricação de ímãs permanentes de alta eficiência, necessários para motores de veículos elétricos e geradores de turbinas eólicas.

Segundo a mineradora, grande parte da produção planejada já possui contratos de compra já estabelecidos. Com isso, a mineradora tem desenvolvido estudos visando aumentar a capacidade da Fase I na região, por meio da otimização da planta, e está avaliando o potencial para uma nova expansão (Fase II), que poderá dobrar a produção bruta antes de 2030.

“O início da produção comercial é um marco crucial em nosso desenvolvimento e significa que agora somos a única empresa fora da Ásia a produzir em grande escala as quatro terras raras críticas utilizadas na fabricação de ímãs permanentes. Nosso produto pode desempenhar um papel fundamental no apoio ao crescimento da produção de veículos elétricos e turbinas eólicas, elementos essenciais para a transição energética”, afirma Thras Moraitis, CEO da Serra Verde.

O Pela Ema é um grande depósito de argila iônica, com vida útil longa, que contém uma proporção elevada de terras raras pesadas e leves de alto valor, principalmente neodímio (Nd), praseodímio (Pr), térbio (Tb) e disprósio (Dy), essenciais para a transição energética.

“A Serra Verde também tem como objetivo ser a fornecedora mais sustentável de terras raras do mundo, aproveitando as credenciais superiores de sustentabilidade de suas operações e com base em padrões operacionais de classe mundial”, destacou a mineradora em nota.

Ainda segundo a companhia, a operação utiliza técnicas de mineração a céu aberto de baixo risco operacional e tecnologias de processamento simples e consolidadas, sem o uso de produtos químicos perigosos, resultando em custos operacionais mais baixos e impactos ambientais reduzidos. A Serra Verde também informou que 100% da energia utilizada é proveniente de fontes renováveis.

“Estamos orgulhosos por nos tornarmos o primeiro produtor em larga escala de terras raras do Brasil, iniciando uma nova fase na história de mineração do país. À medida que desenvolvemos nossas operações, nosso objetivo é nos tornarmos a operação de terras raras mais sustentável do mundo e criar benefícios mensuráveis para todos os interessados”, complementa Ricardo Grossi, Presidente da Serra Verde Pesquisa e Mineração e COO do Grupo Serra Verde.

Voltar