Com queda de 61% no negócio de níquel em 2023 na comparação com o ano anterior, a BHP estuda uma reestruturação.
Atingidos por um forte salto na oferta da Indonésia, os produtores de níquel da Austrália têm enfrentado queda nos preços do metal. Neste contexto, a BHP Group iniciou um movimento de reavaliação do valor das operações de níquel para este ano.
Além da pressão da Indonésia como uma potência no fornecimento, o desenvolvimento de inovações que reduziram a utilização de níquel em baterias também contribuiu para a queda de 40% registrada nos preços no ano passado, para cerca de US$ 16 mil por tonelada.
Em seu relatório trimestral, BHP informou que “a indústria do níquel está passando por várias mudanças estruturais e está em um ponto baixo cíclico nos preços realizados”.
No exercício financeiro de 2023, os lucros despencaram 61% no negócio de níquel da BHP em relação ao ano anterior, para o valor de US$ 164 milhões.
Como a maior mineradora listada do mundo, a BHP está revisando o negócio, o que pode levar a reestruturações e baixas contábeis em minas de níquel em toda a Austrália.
Nas operações de níquel na Austrália Ocidental, a BHP tem avaliado opções para renovar a fundição, além de uma expansão da mina.
A empresa afirmou ainda que está estudando opções para mitigar os impactos da acentuada queda nos preços do níquel e que vai divulgar mais detalhes juntamente com os resultados do primeiro semestre, no dia 20 de fevereiro.
Em comunicado, o diretor-presidente da BHP, Mike Henry, afirma que a mineradora teve um primeiro semestre sólido operacionalmente.
“A produção de minério de ferro WA aumentou 5% em relação ao trimestre anterior, enquanto a produção de cobre no primeiro semestre aumentou 7%, refletindo um semestre recorde. Na Nickel West, estamos avaliando opções para mitigar os impactos da queda acentuada nos preços do níquel”, diz.