ArcelorMittal investe em startup para melhorar gestão de resíduos de aço

Foto: ArcelorMittal Brasil/ Divulgação.

A mineira Vertown atua com gestão e rastreabilidade dos resíduos, inclusive de aço, e reaproveitou mais de 6,7 milhões de resíduos em 2023.

Para aprimorar a rastreabilidade de resíduos gerados em toda a cadeia produtiva, entre eles os resíduos de aço, a startup mineira Vertown acaba de fechar uma rodada de investimentos com os fundos de Corporate Venture Capital (CVC) Açolab Ventures, da ArcelorMittal, e Irani Ventures.

A tecnologia desenvolvida pela Vertown auxilia as empresas a destinarem melhor seus resíduos, reduzindo as emissões de CO2  em compliance com a legislação.

Com o aporte, a startup vai acelerar a estratégia de crescimento e criar novos produtos para auxiliar na redução de emissões de CO2 e custos em todo o processo de gestão de resíduos.

“Existe um grande potencial para crescer no mercado e uma alta demanda para suprir dentro das empresas que estão atentas a questões sustentáveis. Nosso plano é chegar a 25 milhões de toneladas de resíduos processados nos próximos dois anos e ganhar ainda mais escala”, afirma o CEO da Vertown, Guilherme Arruda.

Para a Açolab Ventures, fundo da ArcelorMittal, que liderou a rodada, o investimento na startup de ESG está alinhado com a ideia da criação do CVC, que é destinar recursos a startups que compartilhem da mesma visão de futuro da produtora de aço e que tenham solução validada, desenvolvam novos negócios, produtos e serviços ou incorporem novas tecnologias para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor da cadeia do aço.

“A ArcelorMittal está em sintonia com as tendências globais e quer ser protagonista em iniciativas que estejam alinhadas ao seu propósito de ‘Aços inteligentes para as pessoas e o planeta’. O aporte reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento do país trazendo novas tecnologias e soluções para as empresas endereçarem o ESG”, avalia o gerente geral de inovação e Açolab da ArcelorMittal, Rodrigo Carazolli.

Já o diretor de pessoas, estratégia e gestão da Irani, Fabiano Alves de Oliveira, destaca que sustentabilidade e inovação são parte fundamental do propósito da companhia de valorizar soluções que tragam benefícios mais amplos do que apenas à empresa.

“Queremos, cada vez mais, contribuir com iniciativas inovadoras que tenham uma forte preocupação com o meio ambiente e com a sociedade como um todo. O desenvolvimento de startups como a Vertown permite tanto que ela faça melhorias no processo de gestão de resíduos quanto o acesso de mais empresas a esta tecnologia”, completa.

CEO da Vertown, Guilherme Arruda | Crédito: Rafael Motta

Destinação de resíduos

A Vertown conta com mais de duas mil unidades organizacionais utilizando sua plataforma em todo país, incluindo países da América Latina.

Guilherme Arruda explica que, atualmente no Brasil, mais de 40% dos resíduos são destinados de forma incorreta e a legislação, apesar de estar melhorando e ficando cada vez mais restritiva, ainda não é tão aplicada no país.

“Hoje o gerador de resíduos é responsável por ele em todo o seu ciclo de vida e a nossa tecnologia garante toda a rastreabilidade do processo incluindo indicadores e gráficos para que as empresas consigam acompanhar e melhorar seu processo desde a geração até a destinação do resíduo”, destaca o CEO da startup.

Por meio dessa plataforma, as empresas destinam seus resíduos de forma mais eficiente e sustentável usando tecnologia avançada de rastreabilidade com blockchain e geração de insights com o uso de inteligência artificial.

“Tudo isso vem trazendo excelentes resultados para o negócio e também para os nossos clientes. Somente em 2023, nossa solução registrou mais de 6,7 milhões de toneladas de resíduos coletados”, destaca Arruda.

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