A construção da segunda planta produtiva da Sigma Lithium está prevista para começar no primeiro trimestre de 2024, após o término da estação das chuvas.
Com um investimento da ordem de R$ 492 milhões, ou US$ 100 milhões, a Sigma Lithium recebeu uma carta de intenções do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para o financiamento da construção de sua segunda planta industrial no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
Com a segunda planta industrial greentech, a companhia espera aumentar a capacidade de produção do seu lítio verde quíntuplo zero em aproximadamente 240 mil toneladas (com uma capacidade estimada de 6% de Li2O), totalizando cerca de 510 mil toneladas ao ano.
Serão introduzidas inovações adicionais, de modo a aumentar a eficiência de seu processo industrial de transformação do espodumênio em lítio.
Segundo a empresa, a curva de aprendizagem durante o funcionamento da primeira usina, que atingiu rapidamente a sua capacidade nominal, foi essencial para desenvolver meios de inovar e melhorar o processo de beneficiamento do minério de espodumênio para a produção de concentrado de lítio pré-químico.
A Sigma informou que o início da construção da segunda planta produtiva está previsto para o primeiro trimestre de 2024, ao término da estação das chuvas. As obras devem começar depois de uma decisão final de investimento a ser tomada pelo conselho de administração da companhia.
Em um mercado cada vez mais atento à preservação do planeta, a Sigma oferece a vantagem competitiva de uma operação inteiramente sustentável.
A CEO e copresidente do conselho de administração da companhia, Ana Cabral, ressaltou a importância para a região da atuação da Sigma Lithium, com os investimentos do banco nacional.
“O apoio do BNDES também permite que a Sigma amplie ainda mais seu impacto transformacional no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do país, ilustrando os efeitos de uma transição energética justa e inclusiva, que tem o potencial de elevar uma região inteira”, explicou.
Ela afirmou ainda compartilhar com o BNDES a crença de que “a liderança competitiva da companhia pode tornar-se o vetor para atrair para o Brasil outros players industriais globais na cadeia de suprimentos de baterias, que estão empenhados em produzir usando materiais ambiental e socialmente sustentáveis para abastecer a próxima geração de veículos elétricos, alinhados com o ethos de seus consumidores conscientes da necessidade de enfrentar as mudanças climáticas”.
Compromisso com o meio ambiente
Ao lado do compromisso com a conservação do meio ambiente, a empresa investe em iniciativas de cunho social, como o apoio à irrigação para agricultura familiar, que tem sido responsável pela criação de milhares de postos de trabalho e a concessão de microcrédito a mulheres empreendedoras.
Ana Cabral lembrou ainda que a empresa opera com uma estratégia focada em ESG desde a sua fundação.
“A Sigma está agora produzindo o lítio mais sustentável do mundo, mantendo-se na vanguarda das práticas ambientais, causando impacto econômico positivo na comunidade e mantendo um Conselho de Administração diversificado com a transparência e a conformidade de uma empresa pública cotada na Nasdaq dos EUA”, disse.
Graças ao histórico de respeito ao meio ambiente, a Sigma recebeu o voto unânime dos membros do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), responsável pela concessão de licenças ambientais no estado de Minas Gerais, entre os quais estão os representantes das ONGs dedicadas à proteção e à conservação da natureza.
A concessão da Licença Ambiental Completa permite à empresa expandir sua capacidade de beneficiamento e processamento industrial de minerais de lítio para um total de até 3,7 milhões de toneladas por ano.
Na linha de frente da produção de lítio de alta qualidade para baterias de veículos elétricos, cuja demanda deve aumentar em face do avanço dos projetos de transição energética em vários países, a Sigma fez o primeiro embarque do seu lítio verde no ano passado.
Um carregamento de 15 mil toneladas de lítio e 16,5 mil toneladas de subprodutos processados foi exportado para a China.
Ana Cabral acredita que, “apesar da recente deterioração das perspectivas de demanda de lítio a curto prazo, com a estrutura de capital adequada, possibilitada por esse financiamento do banco de desenvolvimento, a Sigma Lithium tem uma oportunidade única de solidificar sua liderança competitiva industrial global na produção de concentrado de lítio pré-químico sustentável e de baixo custo”, concluiu.
