Contribuindo com as práticas sustentáveis, a Samarco informou que 95% do rejeito arenoso gerado no concentrador 3, no Complexo de Germano, em Mariana (MG) foi utilizado nas obras de descaracterização da barragem do Germano, entre janeiro e fevereiro deste ano. 

O percentual, segundo a companhia, representa um volume de cerca de 1 milhão de toneladas de rejeito. As características geotécnicas do material atende às premissas e critérios do projeto. 

Conforme divulgado pela empresa, as obras de descaracterização da barragem do Germano estão em estágio avançado, com 75% das intervenções concluídas. 

O coordenador de projetos da Samarco, Marcelo Fortes da Silva, explica sobre a aplicação do rejeito nas intervenções. 

“Uma das etapas da descaracterização de barragem é eliminar o acúmulo de água do reservatório. Estamos utilizando o rejeito arenoso na correção do grade topográfico, direcionando o fluxo de água para o sistema de drenagem superficial e eliminando todo acúmulo de água dos reservatórios. Além disso, utilizamos o rejeito no reforço das estruturas”, ressalta Silva.

A Samarco também utilizou o rejeito arenoso nas obras de descaracterização da Cava do Germano, que foi concluída em julho do ano passado, antes do prazo previsto (outubro de 2023) no termo de compromisso assinado com órgãos federais e estaduais. 

Entre os benefícios do rejeito arenoso estão a homogeneidade e a melhor permeabilidade para conduzir o fluxo de água até a drenagem interna. Conforme o planejamento técnico, a previsão é utilizar 16,7 milhões de toneladas nas obras de descaracterização da barragem e na proteção dos taludes da Cava do Germano, no período de 2023 a 2029. 

O restante do rejeito arenoso é disposto na Pilha de Disposição de Estéril e Rejeito (PDER) Alegria Sul.

O gerente geral de execução de projetos, Eduardo Moreira, explica que tão importante quanto destinar os rejeitos, é evitar a compra de novos insumos, como areia e pedra utilizadas na execução dos serviços de descaracterização da barragem. 

“Para cada tonelada reaproveitada, evita-se a compra e transporte destes insumos, além da reutilização dos recursos naturais. É um ganho exponencial”, esclarece. 

O especialista em inovação da Samarco, Marcos Gomes Vieira, reforça que estão sendo desenvolvidos outros projetos para utilização do rejeito arenoso como insumo para fabricação de concreto e a aplicação do rejeito ultrafino (lama) em projetos de pavimentação ecológica. 

“Além de dar destinações alternativas para o rejeito, estamos atuando na origem para reduzir a sua geração, com otimizações de processos que aumentam a eficiência das plantas de beneficiamento”, destaca Vieira.

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