A Vale USA, subsidiária da Vale, foi selecionada pelo Departamento de Energia do Governo dos Estados Unidos para começar as negociações de concessão de um financiamento de até US$ 282,9 milhões para o desenvolvimento de uma unidade industrial de briquetes de minério de ferro nos EUA, que será a primeira no mundo a aplicar o processo patenteado de aglomeração a frio de briquetes para a rota de redução direta.

A negociação acontece no âmbito da Bipartisan Infrastructure Law (Lei Bipartidária de Infraestrutura) e da Inflation Reduction Act (Lei de Redução da Inflação), como parte do Industrial Demonstrations Program (Programa de Demonstrações Industriais).

O projeto da Vale foi selecionado por meio de um mecanismo focado no estímulo a tecnologias inovadoras que possam entregar soluções em escala comercial para proporcionar reduções significativas de emissões nos setores de difícil abatimento.

De acordo com informações da mineradora, o desenvolvimento de unidades adicionais e customizadas no Brasil e no mundo, busca atingir cerca de 100 milhões de toneladas por ano de aglomerados em 2030+, incluindo briquetes e pelotas de minério de ferro.

Anunciado pela Vale em 2021, após quase 20 anos de desenvolvimento no Centro Tecnológico da Vale em Minas Gerais, o briquete é produzido a partir da aglomeração em baixa temperatura de minério de ferro de alta qualidade, utilizando uma solução tecnológica de aglomerantes que conferem ao produto final alta resistência mecânica. A primeira planta do mundo foi inaugurada pela Vale em 2023, em Vitória (ES).

A seleção pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos representa um passo crítico para a validação da tecnologia proprietária de aglomeração a frio da Vale e seu potencial para entregar uma solução transformadora para descarbonizar o setor siderúrgico, e destaca a liderança da Vale e do Brasil no desenvolvimento de soluções de descarbonização para a indústria siderúrgica global.

O briquete de minério de ferro contribui para o cumprimento do compromisso da Vale de reduzir 15% de suas emissões líquidas de escopo 3 até 2035. A empresa também busca reduzir suas emissões absolutas de escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar a neutralidade até 2050, em linha com a ambição do Acordo de Paris.

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