Durante a 9ª edição do Congresso Internacional do Alumínio, realizado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), nos dias 9 e 10 de abril, foram anunciados investimentos de cerca de R$ 30 bilhões no setor até 2025, com o objetivo de fortalecer a indústria e melhorar a gestão dos processos ambientais para a descarbonização.
Os incentivos à economia de baixo carbono, o fortalecimento de toda a cadeia produtiva e a alavancagem das vantagens competitivas foram aspectos relacionados durante os debates propostos como essenciais para o êxito do processo de reindustrialização.
Com o tema “Juntos, construindo um futuro de infinitas possibilidades e transformações” o congresso discutiu tendências, desafios e oportunidades para o setor e reuniu mais de 550 pessoas no Hotel Unique, em São Paulo (SP).
O evento promoveu importantes debates que contaram com a presença de representantes da cadeia produtiva e consumidora, especialistas, acadêmicos e autoridades governamentais.
“O alumínio é um material estratégico para o fortalecimento de uma indústria de base e essencial para o atendimento da demanda de mercados consumidores altamente exigentes, como embalagens, transportes, energia e construção civil. O Brasil reúne uma série de vantagens competitivas, associadas à disponibilidade de ativos estratégicos, à verticalização da cadeia produtiva e à forte agregação de valor”, disse a presidente-executiva da ABAL, Janaina Donas, durante a abertura do Congresso.
No painel “O cenário global da indústria do alumínio”, voltado às perspectivas e tendências de crescimento do setor, a presidente-executiva da ABAL destacou a importância do Brasil ser mais do que um exportador de commodities. “O Brasil está entre os países capazes de entregar produtos de valor agregado e pode assumir uma posição de vanguarda no processo de descarbonização da indústria nacional”, explicou Janaina.
Em sua apresentação, o secretário-geral do Instituto Internacional do Alumínio (IAI), Miles Prosser, ressaltou as projeções que apontam para uma tendência de aumento da escala mundial de produtos de alumínio na ordem de 40% até 2030 e a importância do Brasil neste cenário.
Miles vê com otimismo o futuro do mercado de alumínio e reforçou o compromisso do setor com as questões sustentáveis e com as mudanças climáticas. “Os desafios da cadeia do alumínio estão aliados à preocupação com a sustentabilidade. Pela primeira vez, a produção global do metal aumentou 3,9%, enquanto as emissões de gases com efeito estufa (GEE) diminuíram 4,4%, resultado da implementação de processos e soluções inovadoras da indústria na transição de uma economia de baixo carbono”, disse Prosser.