O Projeto Potássio Autazes está mais perto de se tornar uma realidade. A Potássio do Brasil recebeu, nesta terça-feira (11) a licença de instalação da planta de processamento de potássio para o projeto.
No total são 12 licenças e autorizações de instalação emitidas pelo órgão licenciador do estado do Amazonas, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) que permitem o início das obras do projeto.
As licenças e autorizações emitidas pelo IPAAM incluem, principalmente, a mina, a planta de processamento e o porto e autorizam a Potássio do Brasil a realizar atividades de supressão vegetal, serviços de arqueologia, resgate e manejo da fauna local, terraplanagem como parte da construção da mina, planta de beneficiamento e porto.
Algumas obras já foram iniciadas após a entrega das primeiras licenças de instalação, como é o caso da conclusão da perfuração do primeiro poço de água e do início da execução do segundo poço de água, ambos para a captação de água potável cada um a cerca de 130 metros de profundidade.
Após a conclusão da construção do empreendimento a Brazil Potash prevê a concessão da licença de operação, que permitirá a extração e o beneficiamento do minério de potássio, operação atualmente prevista para durar pelo menos 23 anos.
O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, reforça que a empresa cumpre rigorosamente os critérios descritos nos documentos de licenciamento e destaca os benefícios das obras para a comunidade local.
“À medida que as obras avançam, oportunidades também estão surgindo para as comunidades de Autazes e região. Já iniciamos os procedimentos necessários para a contratação de pessoas para a construção civil e os empregos indiretos começam a surgir por meio de uma rede de prestadores de serviços e fornecedores que estão nos ajudando nessa fase de implantação. Acreditamos que a construção do Projeto contribuirá para o desenvolvimento regional e nacional e para a segurança alimentar do Brasil e do mundo”, afirma.
Plano Bem Viver Mura
A implantação do Potássio Autazes acontece em parceria com a comunidade indígena Mura, em especial as que vivem a 8km do projeto, e vem avançando com os representantes da Potássio Brasil, em coordenação com as lideranças comunitárias.
Nesse contexto, a companhia foi convidada a participar da II Assembleia do Povo Mura de Autazes, realizada no dia 30 de maio de 2024, onde foi apresentado o Plano Bem Viver Mura, construído a partir de consultas entre 36 aldeias Mura do entorno do município de Autazes.
A empresa doou 20 mil mudas cultivadas em um viveiro de propriedade da Potássio do Brasil. “Já doamos mais de 42 mil mudas para contribuir com o reflorestamento no município de Autazes e região”, diz Espeschit.
A companhia planeja ainda a implementação de cerca de 30 programas socioeconômicos e ambientais, muitos alinhados aos interesses e programas propostos pelo povo Mura.
O povo Mura de Autazes é composto por 37 aldeias e é representado pelo Conselho Indígena Mura (CIM), que cumpriu integralmente o Protocolo de Consulta Mura, desenvolvido com base no Protocolo 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT 169) das Nações Unidas para consulta livre, prévia e informada.