A Borborema Mineração e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do estado da Bahia assinaram um protocolo de intenções de apoio institucional para viabilizar a implantação de uma unidade produtiva destinada ao concentrado mineral de óxidos de terras raras no estado.

Com projeção de R$ 3,5 bilhões em investimentos, o projeto do complexo industrial está dividido em duas etapas.

A primeira fase será uma unidade destinada à fabricação de concentrado mineral de óxidos de terras raras, nos municípios de Ubaíra e Jiquiriçá, com investimentos de R$ 500 milhões e expectativa de início das operações para 2028. 

Já a segunda fase, no Polo Industrial de Camaçari, será de uma planta industrial para separação de óxidos de terras raras, com investimentos de R$ 3 bilhões e capacidade inicial de produção de 15 mil toneladas/ano, com potencial de expansão de capacidade para 55 mil toneladas/ano e expectativa de entrada em operação no ano de 2034. 

A estimativa é que sejam gerados 200 empregos diretos na operação e 250 empregos diretos na construção, na primeira fase. Já na segunda, 800 vagas diretas na operação e até 1.250 diretas na construção.

Crédito: Mário Marques/Ascom SDE

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, afirmou que a Borborema entende que o governo do estado é um importante stakeholder na implantação de um projeto desta dimensão. 

“Somos a porta de entrada da atração de investimentos no estado e nossa equipe é super qualificada e disponível para apoiar empresas. A Borborema já emprega cerca 200 pessoas no município de Ubaíra, onde já ocorre a pesquisa mineral. Nossa equipe estará disponível na assistência da obtenção de licenças necessárias, a nível federal, estadual e municipal para a operação do empreendimento, financiamentos e infraestrutura”, diz.

De acordo com Renato Gonzaga, CFO da Brazilian Rare Earths, que responde hierarquicamente pela Borborema Mineração, a Bahia está qualificada para receber grandes empresas. 

“Este protocolo é o primeiro passo dado em termos de apoio oficial do governo a um projeto que tem um potencial transformador muito grande para a Bahia. É um projeto de terras raras, que em escala global não há nada parecido. Nas suas duas fases de desenvolvimento tendem a gerar muitos empregos e incremento econômico, sendo que a ideia é que a gente possa avançar na cadeia de produção de terras raras, verticalizando cada vez mais a produção e trazendo mais valor para o produto, que é gerado internamente na estado e todo o desenvolvimento que o projeto traz consigo”, explica.

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