A Gerdau apurou lucro líquido de R$ 945 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), o que representou uma queda de 55,9% em relação ao mesmo trimestre de 2023. De acordo com as informações da empresa, a redução é reflexo da pressão sobre preços e vendas do aço.
A siderúrgica fechou o 2T24 com lucro líquido de R$ 16,6 bilhões, queda de 9% frente a igual período de 2023. No acumulado do ano até junho, a redução foi de 11,6% na receita líquida, de R$ 32,8 bilhões.
No período, as vendas físicas de aço da Gerdau chegaram a 2,7 milhões de toneladas, uma queda de 7,58% em relação ao 2T23. Enquanto no acumulado do ano, a empresa somou 5,4 milhões de toneladas de aço vendido, redução de 8%.
O Ebitda ajustado da Gerdau 2T24 foi de R$ 2,624 bilhões, representando redução de 30,8% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A margem Ebitda ajustada foi de 15,8%, uma diminuição de cinco pontos percentuais.
Segundo a siderúrgica, a queda pode ser explicada pela competição com o aço chinês e consequente menores preços e volumes de vendas e também pelo aumento nos custos de matérias-primas (minério e carvão) e despesas relacionadas à hibernação de plantas para readequação da capacidade produtiva.
As despesas com vendas gerais e administrativas caíram 5,6% no ano, para R$ 531 milhões. O resultado, no entanto, também foi influenciado, em parte, pelos menores volumes vendidos.
O resultado financeiro da Gerdau no 2T24 foi negativo em R$ 597 milhões, um aumento nas perdas de 25,6% em relação ao trimestre anterior e de 41,2% na comparação com o 2T23. A piora no resultado é atribuída pela siderúrgica principalmente à desvalorização do real frente ao dólar, que afetou as operações no exterior.
Já a dívida líquida sobre Ebitda ajustado finalizou o 2T24 em 0,53x. A dívida bruta foi de R$ 12,581 bilhões, aumentando 14% em relação ao 2T23, influenciada pela emissão de debêntures e pela variação cambial.