A AngloGold Ashanti está retomando, gradativamente, o beneficiamento de ouro no Complexo do Queiroz, em Nova Lima (MG). De acordo com a mineradora, a unidade é a única no país a integrar do beneficiamento até a fundição e refino do ouro em barras.
O processo na planta localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi parcialmente paralisado no último trimestre de 2022 e desde então a empresa investiu cerca de R$ 25 milhões na unidade, requalificou o processo produtivo e renovou as estruturas para retornar o beneficiamento com base na segurança, sustentabilidade e excelência operacional.
Segundo nota da empresa, “a iniciativa demonstra o nosso compromisso com a mineração segura e sustentável, que gera empregos, renda e desenvolvimento social.”
Durante o período de paralisação parcial na planta, apenas a fundição e refinaria de ouro estiveram em operação. A retomada da operação metalúrgica vai permitir que a empresa volte a fundir e processar todo o material no Brasil na unidade de Queiroz e exportar ouro com maior valor agregado.
A expectativa é de que a unidade volte à capacidade total de produção até o final deste ano, uma vez que a produção de minério das Minas Cuiabá e Lamego, nas cidades vizinhas de Sabará e Caeté (MG), que era beneficiada na planta do Queiroz, estava sendo negociada em forma de concentrado.
A AngloGold informou ainda que o planejamento de retomada prevê um ramp-up de produção, substituindo gradativamente a venda de concentrado pelo beneficiamento, assim como era realizado antes da paralisação temporária. “Com este retorno, há também a reativação da produção de ácido sulfúrico, como parte de um processo baseado na economia circular”, explica o comunicado da mineradora.
Neste ano, a AngloGold investimento de R$ 1,1 bilhão para o desenvolvimento das minas, adequação de estruturas geotécnicas, desenvolvimento tecnológico, e recuperação da performance dos ativos da companhia.
Geotecnia
Segundo a mineradora de ouro, o complexo industrial do Queiroz possui três barragens de rejeito e todas estão seguras e estáveis, sem nenhum nível de emergência.
Com um sistema de gestão e implantação de melhorias nas estruturas, a AngloGold Ashanti garante manutenção das Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs) e Declarações de Conformidade e Operacionalidade (DCO) do PAEBM, conforme a legislação e as diretrizes da Agência Nacional de Mineração (ANM).
A companhia informou ainda que a operação das barragens é feita com disposição de rejeitos 100% a seco, como já é prática nas demais unidades no Brasil. “Todo rejeito a seco será utilizado no processo de descaracterização das barragens, conforme projetos técnicos previamente submetidos aos órgãos competentes”, informa a nota.