A VLI Logística prevê investimentos da ordem de R$ 10,5 bilhões no Corredor Sudeste, além de um aumento de 80% na movimentação no período de 30 anos. Os aportes fazem parte de um pacote de R$ 24 bilhões que devem ser investidos pela companhia como parte das obrigações pela renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
Apesar da concessão da FCA terminar em agosto de 2026, a VLI considera a antecipação da renovação importante para que os investimentos no aumento da capacidade também possam ser antecipados. Desta maneira, as ferrovias podem receber mais cargas diante da demanda crescente por produtos do Brasil.
Na outra parte do investimento negociado com o governo para a renovação da FCA, um montante de cerca de R$ 10 bilhões será destinado ao Corredor Leste, que responde por aproximadamente 50% da movimentação total da VLI, disse o CEO da companhia, Fábio Marchiori, à Reuters.
Sobre a origem dos recursos, o CEO da VLI afirmou que uma parte deve vir da geração de caixa da própria empresa, que gera mais de R$ 5 bilhões de caixa operacional. Ele lembrou também que a VLI tem capacidade de elevar sua taxa de endividamento.
Segundo projeções da companhia, o transporte pelo Corredor Leste deve crescer 50% em 30 anos, o que indica um aumento da participação do Sudeste na fatia total da companhia, já que neste a perspectiva é de um aumento de 80%, conforme informou o CEO.
Para completar os R$ 24 bilhões previstos, os corredores Minas-Rio e Minas-Bahia, também da FCA, receberão R$ 3,5 bilhões no mesmo período. A VLI terá que arcar com outros R$ 5 bilhões no processo de renovação da FCA, que serão pagos em sua maioria a título de indenizações, por conta de devolução de trechos não operacionais.
No ano passado, a movimentação total em todas as ferrovias operadas pela VLI foi de 61,3 milhões de toneladas, um aumento frente às 58 milhões de toneladas registradas em 2022.
A soja, o milho e o farelo de soja responderam por cerca de 43% da receita líquida da empresa em 2023. O faturamento também considera os ganhos com as “elevações” nos terminais portuários da empresa, que atingiram 43 milhões de toneladas.
Também fazem parte da lista de mercadorias transportadas pela VLI minérios, fertilizantes, combustíveis e produtos para a siderurgia.
(Com informações da Reuters)