O governo de Minas Gerais, a chinesa FTXT (GWM Hydrogen) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), firmaram um Memorando de Entendimento (MoU) para o intercâmbio de tecnologias associadas ao uso de hidrogênio verde.
O combustível sustentável será utilizado como fonte de energia limpa em caminhões e outros veículos da FTXT/GWM, que serão abastecidos no Centro de Hidrogênio Verde da Unifei e vão fazer, de maneira experimental, a rota entre Itajubá e São Paulo (SP).
O acordo tem validade de 12 meses, renováveis por mais 60, e prevê ainda a criação, de forma conjunta, de uma infraestrutura para abastecimento de caminhões movidos a hidrogênio verde, testando uma rota sustentável de transporte.
A cooperação poderá levar à instalação de uma fábrica de células a combustível em Minas Gerais. Além disso, o projeto contribuirá para o fortalecimento da pesquisa e do desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio, ampliando o acesso a soluções energéticas sustentáveis.
Equipados com células a combustível que convertem hidrogênio em eletricidade, os caminhões são uma alternativa de baixa emissão para veículos de carga pesada. A Unifei será responsável por fornecer o hidrogênio e colaborar em pesquisas sobre essa tecnologia.
A FTXT integra a Great Wall Motors (GWM) e busca o desenvolvimento de tecnologias de energia limpa com foco no avanço de células de combustível de hidrogênio. O grupo chinês tem demonstrado interesse em expandir seus negócios no Brasil, com Minas à frente quando o tema é a importação e comercialização de veículos.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ressalta que desde que o estado aderiu ao Race to Zero, o setor produtivo tem caminhado junto no mesmo sentido e isso facilita o trabalho do governo.
“Nossa orientação é para que qualquer produção dentro do estado ligada a energia renovável tenha um tratamento tributário diferenciado, para que fique mais competitiva. No que depende do Estado, temos dado todo o apoio e vamos continuar assim. Queremos ser referência em energia renovável”, completa o governador.
O reitor da Unifei, Edson Bortoni, reforça que “O fato de a empresa levar não só os produtos, mas sua tecnologia para Minas Gerais é o grande diferencial desse acordo”.