Entre janeiro e outubro deste ano, a Samarco utilizou mais de 3 milhões de toneladas de rejeito arenoso gerado no Complexo de Germano, em Mariana (MG), nas obras de descaracterização da Barragem do Germano e do Vale do Fundão.
De acordo com a mineradora, o aproveitamento de rejeitos representa mais de 55% do total de material produzido, ajudando a tornar o processo mais sustentável, além de contribuir para o aumento da vida útil das atuais barragens, como a Pilha de Disposição de Estéril e Rejeito (PDER) Alegria Sul.
Segundo o gerente-geral de Execução de Projetos, Eduardo Moreira, o rejeito arenoso apresenta as características necessárias para ser utilizado com segurança nas obras.
“Trata-se de um material homogêneo, o que facilita o seu manuseio, e suas características geotécnicas atendem às premissas e critérios do projeto. Com essa utilização, damos uma destinação eficiente para o material e evitamos a compra e o transporte de novos insumos, como areia e pedra. São diversos ganhos em aspectos de circularidade e sustentabilidade”, explica.
A utilização do rejeito elimina o acúmulo de água dentro do reservatório da barragem, durante o processo de descaracterização. Ele serve como material base para correção do greide topográfico, ou seja, ajuda a direcionar o fluxo de água para o sistema de drenagem, facilitando, assim, a eliminação do excesso de água. Além disso, também é utilizado no reforço das estruturas.
A Samarco também aplicou o aproveitamento de rejeito arenoso na descaracterização da Cava do Germano, concluída em julho do ano passado, antes do prazo previsto.
Para os próximos anos, a expectativa é continuar utilizando grande parte do rejeito arenoso nas obras de descaracterização da barragem e na proteção de outras estruturas do Complexo de Germano.
De acordo com o especialista em Inovação da Samarco, Marcos Gomes Vieira, a empresa está desenvolvendo outros projetos para ampliar o uso do rejeito arenoso, incluindo sua aplicação como matéria-prima na fabricação de concreto, e para aproveitamento do rejeito ultrafino (lama) em pavimentações ecológicas.
“Além de dar destinações alternativas para o rejeito, estamos trabalhando com melhorias nos processos que aumentam a eficiência das plantas de beneficiamento e ajudam a reduzir a geração de rejeitos”, complementa.
Para a coordenadora de Sustentabilidade da Samarco, Denise Peixoto, além dos resultados técnicos e ambientais significativos, a pesquisa e desenvolvimento no aproveitamento dos rejeitos e sua aplicação nas iniciativas mencionadas ainda tem impactos sociais positivos locais.
“A redução da necessidade do consumo de novos recursos otimiza a logística minimizando o volume de tráfego de grande porte na região. E reforça o compromisso da empresa, especialmente com as comunidades vizinhas e municípios mineradores, em garantir a destinação adequada e aumentar formas de valorização do rejeito com investimento em inovação e incentivo à economia circular, como sua integração em outras cadeias produtivas e atividades do negócio”, destacou.