Para apoiar o desenvolvimento de uma tecnologia para o aquecimento de fornos industriais sem o uso de combustíveis fósseis, a Vale Ventures vai investir na startup norte americana Electrified Thermal Solutions (ETS), sediada em Boston.
A tecnologia tem potencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em processos industriais de setores de difícil abatimento, como os de mineração e siderurgia.
O investimento minoritário da iniciativa de corporate venture capital da Vale foi realizado em conjunto com outros investidores, como parte de uma rodada em que a ETS arrecadou o total de US$ 19 milhões.
Este é o quarto investimento anunciado pela Vale Ventures, que em 2022 comprometeu um capital de US$ 100 milhões a ser investido no desenvolvimento de soluções disruptivas para a cadeia de valor de mineração e metais.
Para o head da Vale Ventures, Bruno Arcadier, uma das principais missões da iniciativa é investir e fomentar startups que tenham soluções para promover a descarbonização da cadeia de valor da mineração.
“A solução da ETS tem o potencial de, no futuro, contribuir para a descarbonização de nossas emissões diretas de escopo 1, assim como das emissões de escopo 3, relacionadas à nossa cadeia de valor, gerando calor de alta temperatura para processos industriais por meio de eletricidade em vez de combustíveis fósseis”, explica.
Atualmente, os processos de aquecimento industrial contribuem para cerca de 20% das emissões globais de gases de efeito estufa, predominantemente de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural.
A solução de baixo custo da ETS tem o potencial de substituir o gás natural no aquecimento por meio de seu inovador tijolo refratário eletricamente condutivo, que será capaz de gerar calor a temperaturas de até 1.800oC, atendendo às necessidades de setores de difícil abatimento.
Como uma tecnologia de armazenamento de energia térmica, a solução elimina as emissões de carbono dos processos industriais e pode também gerar economia de custos com o uso de eletricidade limpa a baixo custo.
Fundada em 2020 pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), a ETS planeja inaugurar em 2025 sua primeira planta piloto em escala comercial.