Prestes a completar 70 anos, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) foca na diversificação dos seus produtos para consolidar seu plano de crescimento sustentável até 2030. Somente no ano passado foram investidos R$ 270 milhões em pesquisa, desenvolvimento, tecnologia, inovação e expansão, reafirmando a liderança da CBMM no mercado global de nióbio.
Para avançar na diversificação dos produtos, ampliando oportunidades em segmentos da indústria, a CBMM instituiu uma diretoria dedicada a Novos Materiais e Aplicações, que reúne especialistas em desenvolvimento de mercado baseados no Brasil, Estados Unidos, Europa e Ásia, para promover um ambiente de colaboração.
A ampliação das soluções de nióbio em novos segmentos tem como foco as aplicações nos setores de baterias, químicos, eletrônicos e vidros, além de superligas, supercondutividade e indústria aeroespacial. Essas novas aplicações apresentaram crescimento de 23% em 2024.
Segundo a CBMM, a eletrificação se mantém como uma tendência relevante para a companhia, que inaugurou, no último ano, uma planta industrial para a produção do XNO®, com tecnologia da Echion Technologies, que garante recarga ultrarrápida das baterias. Localizada em Araxá (MG), a unidade tem capacidade produtiva suficiente para os próximos três anos de desenvolvimento de mercado.

Outro marco para a companhia no último ano foi a apresentação do primeiro ônibus elétrico movido à bateria de lítio com adição de nióbio. A parceria entre CBMM, Toshiba Corporation e Volkswagen Caminhões e Ônibus demonstrou a viabilidade tecnológica do projeto e como o país pode contribuir com soluções mais sustentáveis e seguras.
O aço é o principal segmento da CBMM, que trabalha para ampliar o uso do nióbio na construção civil e na indústria automotiva. Na siderurgia, o nióbio aumenta a segurança das estruturas, reduz custos, melhora a produtividade e torna a cadeia mais sustentável.
Além disso, a CBMM desenvolve aplicações em materiais fundidos e materiais magnéticos nanocristalinos, aplicáveis à indústria eletroeletrônica e em componentes que possibilitam o carregamento com maior eficiência energética, como veículos elétricos.
A companhia também tem explorado novas frentes para o desenvolvimento da tecnologia do nióbio, como o mercado de fungicidas agrícolas e a indústria de cristais.