
A cobertura vegetal nas áreas de operação da Hydro em Barcarena, no Pará, tiveram uma ampliação de 180% desde a aquisição do terreno, em 1984. Atualmente, a área verde na região passou para 3.266 hectares, o equivalente a 4.574 campos de futebol. Em Paragominas, onde a Hydro opera a mina de bauxita, foram reabilitados 3.467 hectares desde o início do programa de reflorestamento, em 2009.
No Distrito Industrial de Barcarena, onde estão localizadas as plantas da Alunorte e Albras, a cobertura vegetal representava 1.174 hectares à época da aquisição. Desde então, o aumento da área verde se deu especialmente por ações de proteção e conservação.
A meta da Mineração Paragominas é reabilitar um hectare a cada hectare já minerado, descontadas as áreas de infraestrutura. No último ano foram introduzidas 34.193 mudas de espécies nativas da Amazônia, divididas em 132 espécies de 33 famílias.
O processo de reflorestamento é feito por meio de técnicas diversas de plantio tradicional, nucleação e regeneração natural, além de utilizar inteligência artificial e drones para realizar um diagnóstico do solo, identificar espécies com maior potencial de desenvolvimento e dispersar sementes — fruto de um projeto desenvolvido em parceria com a startup franco-brasileira Morfo.
O Consórcio de Pesquisa em Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC) é um dos destaques na aplicação de técnicas eficazes na região. Composto pela Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Rural da Amazônia (UFRA), o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Universidade de Oslo (UiO), o consórcio mantém 26 projetos voltados ao aperfeiçoamento de técnicas de reabilitação florestal de áreas mineradas.
As iniciativas de revegetação e reabilitação de áreas são apenas uma amostra de todo o plano de descarbonização da Hydro, que desde 2022 participa de investimentos na ordem de R$ 8,8 bilhões em grandes projetos, sobretudo em iniciativas para tornar sua matriz energética mais sustentável.
Nesse montante estão incluídos os investimentos da Hydro REIN, braço de energia renovável, que conduz quatro projetos no país, sendo três de energia solar (Boa Sorte, Mendubim e Vista Alegre), e um de energia eólica (Ventos de São Zacarias). Somadas, as unidades possuem capacidade para produzir mais de 2300 megawatts (MW) de energia, consumida em parte considerável pelas plantas da Hydro.
Além disso, no último ano a Alunorte concluiu a conversão de 13 equipamentos da refinaria de todo óleo combustível para gás natural, um investimento de R$ 1,3 bilhão. E investiu R$ 318 milhões na implantação de duas novas caldeiras elétricas, que substituem o carvão por vapor como forma de combustível. Somadas a outros projetos de eficiência energética, é estimada uma redução de 1,4 milhão de toneladas de CO2 anualmente.
Entre essas iniciativas, está a utilização de veículos elétricos na operação, com uma frota de dez carros na Alunorte e na Mineração Paragominas, que ainda conta com quatro unidades elétricas na sua frota de caminhões. Cada caminhão elétrico representa uma redução de cerca de 190 toneladas em comparação com o modelo 8×4 utilizado.
A Hydro mantém, ainda, um parque ambiental com 39 hectares de áreas de preservação ambiental, nascentes, trilha ecológica e açude, a três quilômetros da planta da de extrusão em Tubarão (SC). O local tem 85% de floresta nativa e 176 espécies botânicas diferentes. O intuito do parque é conservar áreas naturais e preservar a biodiversidade da Mata Atlântica na região.