A VLI e a Tereos realizaram a primeira operação ferroviária de transporte de açúcar com compensação de carbono do país neste mês. A movimentação da carga ocorreu entre o Terminal Integrador Guará (SP) e o Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), na Baixada Santista.
A gerente-geral de Sustentabilidade e Comunicação da VLI, Danny Marchesi, ressalta que a operação aumenta os ganhos ambientais do transporte de açúcar sobre trilhos, que já possui por natureza um caráter sustentável, uma vez que o modal ferroviário emite um sexto do carbono por tonelada transportada se comparado ao modal rodoviário.
“A VLI acredita na cocriação de soluções com clientes para alavancar resultados operacionais, bem como a geração de legado à sociedade e ao planeta”, afirma.
Para o diretor comercial da Tereos, Gustavo Segantini, a parceria reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e com a descarbonização em todos os elos da cadeia produtiva.
“Essa operação é um importante marco para o setor sucroenergético e reforça nosso compromisso com soluções logísticas inovadoras e sustentáveis, que aliam eficiência operacional à responsabilidade ambiental. Seguiremos investindo em iniciativas que contribuam com a construção de um futuro mais verde”, comenta.
Com foco no aumento da eficiência do transporte de açúcar sobre trilhos, em novembro de 2020, VLI e Tereos inauguraram dois armazéns de açúcar construídos no Tiplam e no Terminal Integrador de Guará, com investimentos conjuntos de R$ 205 milhões e capacidade de 240 mil toneladas.
O transporte do açúcar da Tereos acontece no Corredor Sudeste da VLI, que liga o Centro-Oeste brasileiro ao Porto de Santos por meio da Ferrovia Centro-Atlântica.
Neste ano, as empresas conseguiram um novo recorde operacional, com o embarque recorde, realizado no Tiplam, de 70 mil toneladas de açúcar VHP em um único navio, com destino à China.
A partir de agora, as empresas vão avaliar os resultados da ação para definir eventuais próximos passos.
O projeto SemC
A VLI ingressou no mercado de créditos de carbono em 2023, por meio do SemC (Sem Carbono), iniciativa desenvolvida nos programas de intraempreendedorismo da companhia. A premissa é simples: como regra geral, empresas que procuram compensar as emissões podem fazê-lo diretamente adquirindo créditos de carbono com tradings.
No caso de operações ferroviárias, as informações sobre emissões de carbono se encontram em documentos das concessionárias para cada transporte de carga realizado.
“Iniciamos as operações de compensação de carbono com o transporte de combustíveis e agora conseguimos escalar para outro segmento de grande importância para a VLI, por meio da operação piloto com a Tereos”, afirma o gerente Comercial de Açúcar da VLI e um dos idealizadores do SemC, João Carlos Apolônio de Souza.