Exposibram 2025: Ibram divulga 5 compromissos do setor com metas ambientais

Crédito: Divulgação/Ibram

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulgou cinco compromissos do setor para conectar metas ambientais e sociais a indicadores verificáveis com foco em energia, natureza positiva, água, adaptação e descarbonização.

O estudo, apresentado durante a Exposibram 2025, posiciona a mineração como parte da solução climática, oferece previsibilidade para investimentos e políticas públicas e se alinha aos objetivos-chave discutidos no ciclo da COP30, incluindo transição energética e resiliência em cidades e bacias.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (28) pelo diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann e pela presidente do Conselho Diretor do Ibram e CEO da Anglo American no Brasil, Ana Sanches.

Em resumo, a indústria mineral apresenta compromissos com métricas e prazos relacionados às metas ambientais. O pacote integra mitigação e adaptação, do consumo energético à resiliência municipal e, além disso, há linhas de base 2023 e metas 2030, facilitando acompanhamento anual e apuração.

O presidente do Ibram disse que a COP30 será de ações. “Agora é a hora dos compromissos. A mineração brasileira é um dos primeiros setores a apresentar metas concretas e mensuráveis para a transição climática”, reforçou Jungmann.

Para Ana Sanches, o timing de divulgação dos compromissos ambientais do setor mineral é perfeito e eles estão alinhados tanto à pauta da COP30 como aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas (ONU). Ela destacou que a indústria da mineração dará ampla publicidade à sociedade ao andamento dos compromissos anunciados hoje.

Os cinco compromissos setoriais

  1. Energia
    Meta: ampliar em 15% a participação de fontes renováveis na matriz energética do setor mineral até 2030, contribuindo para operações de baixo carbono. Métrica: razão entre consumo de energia renovável e consumo total. Linha de base 2023: 149 milhões de Gigajoules de origem renovável (GJ renovável) sobre 331 milhões de GJ totais, razão aproximada de 0,45. Meta 2030: 0,49. Obs: um gigajoule equivale a aproximadamente 277,78 kWh.
  2. Natureza positiva
    Meta: ampliar em 10% o ganho líquido de biodiversidade até 2030, medido pelo aumento da razão entre áreas protegidas e áreas impactadas pelas operações. O compromisso dialoga com objetivos nacionais e internacionais de conservação e restauração.
  3. Água
    Meta: reduzir em 10% o uso específico de água nova por tonelada de ROM (Run-of-mine, em português “minério bruto”) até 2030, com ênfase em eficiência hídrica e menor pressão sobre recursos. Linha de base 2023: 171,1 milhões de m³ de água nova para 561,6 milhões de toneladas de ROM, razão 0,305. Meta 2030: 0,237.
  4. Adaptação
    Meta: fomentar a elaboração de 30 planos municipais de adaptação às mudanças do clima em territórios com mineração até 2030, integrando a agenda climática a planos diretores, mobilidade, saneamento e infraestrutura urbana. Ferramentas de apoio: Índice de Progresso Social, estudo de maturidade da Defesa Civil e aplicativo PROX.
  5. Descarbonização
    Adotar padrões de governança e métricas capazes de acelerar a transição: redução das emissões diretas do setor; contribuição à queda de emissões na cadeia global do minério de ferro; viabilização da transição energética por meio de minerais críticos e estratégicos. Linha de base de emissões diretas (Escopo 1 e 2): 12,8 MtCO₂e (Megatoneladas de dióxido de carbono equivalente). Trajetórias indicativas: redução de 40% a 50% até 2035 e de 90% a 95% até 2050, com alavancas como substituição de combustíveis fósseis, eletrificação, contratos de energia renovável de longo prazo, eficiência e soluções baseadas na natureza.

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