Acionistas aprovam fusão entre Anglo American e Teck Resources

Nova Anglo Teck terá sede no Canadá, produção anual acima de 1,2 milhão de toneladas e sinergias de US$ 800 milhões

Duncan Wanblad, presidente da Anglo American e Jonathan Price, presidente da Teck Resources Limited - Foto: Divulgação.

Os acionistas da Anglo American e da Teck Resources aprovaram, nesta semana, a fusão entre as duas mineradoras, em uma operação avaliada em US$ 53 bilhões. O negócio, anunciado em setembro e totalmente baseado em ações, dará origem à Anglo Teck, companhia sediada no Canadá e projetada para figurar entre as maiores produtoras de cobre do mundo.

A nova empresa deverá alcançar mais de 1,2 milhão de toneladas de cobre por ano, consolidando sua posição como um dos maiores players globais do setor. Segundo as companhias, a combinação dos ativos permitirá gerar US$ 800 milhões em economias de custo anuais e ganhos de eficiência até o quarto ano após a conclusão da fusão.

De acordo com o acordo proposto, que exigirá aprovação regulatória, os acionistas da Anglo American deterão 62,4% da nova empresa combinada, a Anglo Teck, enquanto os acionistas da Teck ficarão com 37,6%.

O CEO da Anglo American, Duncan Wanblad, celebrou o resultado da assembleia. “Estamos extremamente satisfeitos por termos obtido um apoio tão forte de acionistas e stakeholders. Hoje marca um marco importante rumo à formação da Anglo Teck – um campeão global de minerais críticos, sediado no Canadá e um dos cinco maiores produtores de cobre do mundo.”

A aprovação foi precedida pela retirada de uma proposta de mudança nos bônus executivos da Anglo, após resistência de investidores. A mineradora afirmou que o plano de incentivos buscava reter lideranças seniores durante o processo, já que a futura sede ficará no Canadá.

A fusão avança enquanto o setor segue atento às movimentações de consolidação. No mês passado, a BHP chegou a tentar uma nova oferta pela Anglo antes da votação, mas recuou três dias depois.

A mineradora britânica é vista há anos como alvo de aquisição devido ao seu portfólio robusto de cobre — embora seus negócios em diamantes e platina tenham dificultado negociações anteriores.

 

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