Exportações somaram US$ 280,394 bilhões, alta de 34%, pela média diária, em relação ao calendário anterior.

A balança comercial registrou superávit de US$ 3,948 bilhões em dezembro, aumento de 39,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, pela média diária. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (03/01) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. Com isso, a balança acumulou saldo positivo de US$ 61,008 bilhões em 2021, aumento de 21,1% sobre o ano anterior (2020).

As exportações somaram US$ 24,366 bilhões no mês final de 2021. Pela média diária, houve aumento de 26,3% sobre o desempenho do mesmo mês de 2020. Já as importações alcançaram US$ 20,417 bilhões e tiveram aumento, também pela média diária, de 24% sobre dezembro de 2020.

Em 2021 como um todo, as exportações somaram US$ 280,394 bilhões, alta de 34%, pela média diária, em relação ao calendário anterior. Já as importações ficaram em US$ 219,386 bilhões, aumento de 38,2% na mesma base de comparação. Assim, a corrente de comércio, que soma exportações e importações, alcançou US$ 499,780 bilhões, elevação de 35,8%.

Em sua projeção oficial mais recente, a Secex estimava que a balança comercial registraria em 2021 superávit de US$ 70,9 bilhões, resultado de US$ 281 bilhões em exportações e US$ 210,1 bilhões em importações. Mas a própria secretaria já vinha admitindo a possibilidade de que o saldo positivo fosse menor do que a projeção oficial. Já a estimativa para a corrente de comércio era de US$ 491,1 bilhões.

Destinos e origens

A China se manteve como o principal parceiro comercial do Brasil, respondendo por 31,28% das exportações brasileiras em 2021 e por 21,72% das importações, seguida por Estados Unidos e Argentina. Veja rankings abaixo:

Países com maiores participações nas exportações brasileiras
China: US$ 87,696 bilhões (31,28%)
Estados Unidos: US$ 31,104 bilhões (11,09%)
Argentina: US$ 11,881 bilhões (4,24%)
Países Baixos (Holanda): US$ 9,304 bilhões (3,32%)
Chile: US$ 6,998 bilhões (2,50%)
Singapura: US$ 5,884 bilhões (2,10%)
México: US$ 5,559 bilhões (1,98%)
Coreia do Sul: US$ 5,536 bilhões (1,97%)
Japão: US$ 5,534 bilhões (1,97%)
Espanha: US$ 5,446 bilhões (1,94%)
Demais países: US$ 105,443 bilhões (37,61)

Entre os países que mais aumentaram suas participações nas exportações brasileiras, destaque para a Argentina, com alta de 40% no valor total, na comparação com 2020. Houve também aumento relevante nas compras feitas pelos EUA (+44,9%), pela União Europeia (+32,1%) e pela China, Hong Kong e Macau (+28%).

Países com maiores participações nas importações brasileiras
China: US$ 47,651 bilhões (21,72%)
Estados Unidos: US$ 39,382 bilhões (17,95%)
Argentina: US$ 11,948 bilhões (5,45%)
Alemanha: US$ 11,346 bilhões (5,17%)
Índia: US$ 6,728 bilhões (3,07%)
Rússia: US$ 5,701 bilhões (2,60%)
Itália: US$ 5,479 bilhões (2,50%)
Japão: US$ 5,146 bilhões (2,35%)
Coreia do Sul: US$ 5,107 bilhões (2,33%)
França: US$ 4,812 bilhões (2,19%)
Demais países: US$ 76,080 bilhões (34,68%)

No comparativo com o ano anterior, destaque para o aumento nos volumes comprados da Argentina (+51,3%), EUA (41,3%), China, Hong Kong e Macau (+36,7%) e União Europeia (+26,2%).

Minério de ferro, petróleo e soja representam 40% das exportações

O superávit de 2021 aconteceu em um ano marcado pelo crescimento dos preços das commodities e pela alta do dólar.

Entre as exportações, os maiores avanços ocorreram nos produtos da indústria extrativa (62,4%), alavancado pelas vendas de minério de ferro (72,9%) e petróleo (54,3%).

A agropecuária ampliou em 22,2% seus embarques externos, principalmente em razão da soja, com 35,3% de aumento.

Já as exportações da indústria de transformação cresceram 26,3%, com o setor se recuperando do tombo de -9% de 2020.

Projeções para 2022

A balança comercial deve registrar superávit comercial de US$ 79,4 bilhões neste ano completo, segundo estimativa divulgada pela Secex. Se confirmado, o saldo representará alta de 30,1% em relação a 2021.

As exportações devem somar US$ 284,3 bilhões no ano, crescimento de 1,4%. Já as importações devem ficar em US$ 204,9 bilhões, queda de 6,6%. A corrente de comércio, assim, deve somar US$ 489,2 bilhões, queda de 2,1% em relação a 2021.

 

Com informações do Valor / G1.

 

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