O desenvolvimento sustentável da Amazônia foi tema de debate da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, que contou com a participação de 2.800 pessoas de 11 países, 170 palestrantes, 25 painéis de apresentações e debates com mais de 50 horas de conteúdo.

Organizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a conferência reuniu um público diverso que contribuiu com propostas para aumentar a visibilidade da biodiversidade da região e a necessidade de organização em torno desta agenda, que é uma discussão estratégica para o Brasil.

Para o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, ao final do encontro “fica o legado, os produtos dos diálogos que foram promovidos nestes dias para encontrar caminhos, soluções para as dificuldades enfrentadas, bem como sobre o futuro da Amazônia”.

A curadora da conferência, a ex-ministra do Meio Ambiente e Membro do Conselho Econômico e Social da ONU, Izabella Teixeira, já projeta as ações para a pauta da COP30, cúpula das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que será realizada em 2205 em Belém (PA).

“A ideia, agora, é que as várias Amazônias saiam daqui para conversar com os vários Brasis. Está na hora de as Amazônias ‘invadirem’ os Brasis”, disse, se referindo ao aprofundamento do diálogo sobre as conclusões dos debates promovidos na conferência.

“Foi uma experiência fascinante”, resumiu Izabella Teixeira, enaltecendo o engajamento das populações da Amazônia. “O Brasil está exposto ao mundo, com o avizinhamento da COP30. A COP30, na verdade, já começou, no contexto de que as expectativas em torno de que as soluções do mundo para as questões climáticas também passam pelo Brasil e pela Amazônia”.

A secretária de Cultura do governo do Pará, Úrsula Vidal, representou o governador Hélder Barbalho na solenidade de encerramento. Ela disse que a conferência reuniu comunidades preocupadas com a proteção e o desenvolvimento amazônico e “permite apresentarmos um novo modelo de governança” para a região.

O presidente da Fundação Vale, Hugo Barreto, falou em nome dos patrocinadores do evento. A conferência, segundo ele, permite chegar à COP30 com compromissos claros do setor mineral com um mundo mais sustentável, com aspectos como descarbonização, combate às desigualdades, com a proteção florestal, entre outros temas. “Queremos estar juntos na discussão das soluções para um mundo melhor”, afirmou.

O vice-presidente do Ibram, Fernando Azevedo e Silva, destacou o papel do Instituto para abrir as portas da mineração para a sociedade. “Mostramos realmente o que ela é e o que pode fazer pelo bem de todos, sem esquecer os erros do passado e buscando sempre muito diálogo com todos os públicos”, disse ao avaliar a segunda edição da conferência, acrescentando que foi um fórum “para a conversa, o diálogo, para ouvir opiniões de vários setores que compreendem a importância da Amazônia, que querem sua preservação, seu desenvolvimento sustentável”.

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