A indústria da mineração registrou faturamento de R$ 139,2 bilhões no primeiro semestre de 2025 (1S25). O valor representa um aumento de 7,5% em comparação com os R$ 129,5 bilhões alcançados no 1S24. Os dados setoriais foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) nesta terça-feira (5).
O minério de ferro teve maior participação no faturamento do setor nos seis primeiros meses do ano, respondendo por 52,8%. Em seguida, o ouro foi responsável por 12,6% do faturamento no período e o cobre 10,5%. Minas Gerais foi o estado com maior representação no faturamento da indústria minerária durante o 1S25, respondendo por 39,7%. O Pará respondeu por 34,6% e Bahia 4,8%.
Com exportações minerais de US$ 20 bilhões (192,5 milhões de toneladas) e importações de US$ 4 bilhões (19,9 milhões de toneladas), o comércio exterior de minérios gerou superávit de US$ 16 bilhões de janeiro a junho, o equivalente a 53% do saldo total da balança comercial brasileira (US$ 30,09 bilhões). No 1S24, a participação foi de 41%.
O minério de ferro foi responsável por 63% das exportações, mas observou recuo de 17,4% em US$ no 1S25 na comparação com o 1S24, em razão do comportamento do preço deste produto. As exportações desse minério totalizaram US$ 12,7 bilhões no 1S25, com a venda de 185,9 milhões de toneladas (+3,8%).
Já as exportações de cobre totalizaram US$ 2,1 bilhões, aumento de 14,4% em relação ao 1S24, enquanto as de nióbio somaram US$ 1,23 bilhão, aumento de 7% e de manganês totalizaram US$ 56 milhões, aumento de 102,4%.

Ainda de acordo com os dados do Ibram, o faturamento com minerais críticos no 1S25 foi de R$ 21,6 bilhões, 41,6% maior do que o registrado no 1S24 (R$ 15,2 bilhões). As exportações de minerais críticos totalizaram U$S 3,64 bilhões (+5,2%), correspondente a 3,58 milhões de toneladas. A previsão é de investimentos de US$ 18,45 bilhões até 2029 para a produção de minerais críticos.
O Ibram alerta que o Brasil precisa tomar providências, como a aprovação de políticas públicas, para expandir a produção mineral, em especial, dos minerais críticos e estratégicos (MCEs). Por serem alvos de interesse prioritário de muitas nações, o instituto reforça que os MCEs são considerados vantagem competitiva para o Brasil atrair parceiros comerciais e investidores internacionais para implantar cadeias produtivas, inclusive, para agregar valor aos minérios, via processamento industrial.
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