Com avanços significativos nas pesquisas geológicas de Elementos Terras Raras (ETRs), a Cabo Verde Mineração definiu novos alvos regionais com elevado potencial de mineralização em depósitos de argilas iônicas, tipologia reconhecida pela alta recuperação metalúrgica e menor impacto ambiental.
Atualmente, o grupo Cabo Verde Mineração detém 57 direitos minerários, totalizando mais de 91 mil hectares sob pesquisa. As recentes investigações permitiram delimitar alvos regionais abrangendo aproximadamente 36.100 hectares distribuídos em Muzambinho (14.600 ha), Campestre (12.000 ha) e Caconde (9.500 ha).
Um dos destaques, segundo a empresa, é o alvo localizado no município de Caconde, na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo, onde uma área específica de 450 hectares já se encontra em fase avançada de sondagem por trado, com potencial preliminar estimado em 100 milhões de toneladas de argila iônica.

Após a conclusão dos trabalhos exploratórios adicionais, que devem identificar entre três a quatro novos alvos detalhados, o potencial total pode ultrapassar as 500 milhões de toneladas de argilas enriquecidas com ETRs.
Resultados preliminares divulgados pela mineradora apontam teores promissores, superiores a 3.000 ppm de óxidos totais de Terras Raras (TREO), validando o elevado potencial estratégico dessas descobertas.
“A confirmação dessas reservas permitirá ao Brasil fortalecer sua relevância geopolítica e econômica no mercado global de Terras Raras, reduzindo a dependência externa e impulsionando diretamente a transição energética e tecnológica. Estamos confiantes no potencial das nossas áreas e seguiremos investindo fortemente nas pesquisas”, destaca o CEO da Cabo Verde Mineração, Túlio Rivadávia Amaral.
Para avançar no desenvolvimento tecnológico do projeto, a empresa firmou uma parceria técnica com o CIT SENAI e o CIT SENAI ITR, centros de excelência em pesquisa e inovação, com o objetivo de aprimorar métodos metalúrgicos de extração e recuperação das Terras Raras.
Os testes preliminares de lixiviação iônica realizados pela empresa nos laboratórios da SGS Geosol, já apresentaram eficiência acima de 80%, destacando o potencial para produção futura de óxidos individuais e ímãs permanentes (NdFeB), essenciais para indústrias de alta tecnologia e para a transição energética global.

Para o CFO da Cabo Verde Mineração, Antonio Henriques Mendes, “a confirmação de reservas dessa magnitude é estratégica e relevante não apenas para o Brasil, mas para o mundo. Com iniciativas de pesquisa como a nossa e parcerias tecnológicas como a do CIT SENAI em Lagoa Santa/MG, temos a oportunidade real de posicionar o país na liderança mundial em exploração e transformação desses minerais estratégicos”, reforça.
A pesquisa da Cabo Verde Mineração está sob a liderança técnica dos geólogos Oscar Yokoi e Maria do Carmo Schumacher. Yokoi, membro do Australian Institute of Geoscientists, destaca: “Quando tivemos acesso aos resultados das análises iniciais, ficamos impressionados com os elevados teores encontrados e com a dimensão das camadas argilosas, algo totalmente inédito fora da estrutura central do Complexo Vulcânico de Poços de Caldas.”
Maria do Carmo Schumacher complementa que “o projeto de Terras Raras da Cabo Verde está estruturado desde o início seguindo rigorosos padrões internacionais. Aplicamos protocolos rigorosos de qualidade (QAQC – Quality Assurance e Quality Control), assegurando total rastreabilidade das amostras e altíssima confiabilidade dos dados gerados, o que será fundamental para a certificação futura das reservas”, conclui.