Empresa afirma que o foco continua sendo aprimorar o desempenho operacional e converter a produção e os melhores custos em uma geração de caixa consistente.

Com os resultados financeiros do primeiro semestre de 2017, a Anglo American conseguiu reduzir a dívida líquida para US$ 6,2 bilhões, registrando US$ 2,7 bilhões de fluxo de caixa livre. Com os resultados positivos, a empresa volta a pagar dividendos, estabelecendo uma política de pagamento em 40% dos lucros subjacentes. Isso equivale a um pagamento de dividendos de US$ 0,48 por ação para a primeira metade do ano.

No semestre, a Anglo American gerou lucro atribuível aos acionistas de US$ 1,4 bilhão, sendo que no primeiro semestre de 2016, houve perda de US$ 800 milhões. Segundo informações da companhia, o resultado operacional antes da depreciação, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de US$ 4,1 bilhões, um aumento de 68% se comparado aos US$ 2,5 bilhões do primeiro semestre de 2016.

A geração de caixa foi de US$ 2,7 bilhões, enquanto no mesmo período de 2016 foi de US$ 1,1 bilhão. Já a dívida líquida foi reduzida em 27%, ficando em US$ 6,2 bilhões, à frente da meta de US$ 7 bilhões para o fim do ano.

Com os resultados, a empresa afirmou estar “no caminho certo para atingir a meta de US$ 1 bilhão para o ano inteiro”.

“Os benefícios do nosso incessante foco em gerar eficiência por meio das operações e na evolução da qualidade do nosso portfólio resultaram em uma mudança gradual em desempenho operacional e rentabilidade. Na primeira metade, nós entregamos um aumento adicional de 20% em produtividade, um aumento de 68% no Ebitda e US$ 2,7 bilhões em geração de caixa – resultado de um extenso trabalho de autoajuda e de investimentos de capital fortemente controlados, dentro de um ambiente de preços mais fortes”, explica o CEO da Anglo American, Mark Cutifani.

“Estamos agora em uma posição para considerarmos opções de crescimento gradual e de retornos de capital a partir de nosso potencial mineral não desenvolvido”, afirma o CEO.

Minério de ferro

O resultado operacional de minério de ferro antes da depreciação totalizou US$ 253 milhões, um aumento significativo em relação ao primeiro semestre de 2016 (quando foram registradas perdas de US$ 9 milhões), refletindo o aumento da produção do Sistema Minas-Rio e o término da capitalização dos resultados operacionais em janeiro de 2017.

Níquel

No que diz respeito à produção de níquel, o resultado operacional antes da depreciação (Ebitda) teve redução de US$ 15 milhões, ficando em US$ 9 milhões no segundo trimestre de 2017, algo que, de acordo com a companhia, “reflete uma taxa de câmbio desfavorável e maiores custos, parcialmente compensado por maior preço do níquel”.

A produção de níquel diminuiu 5%, ficando em 21.200 toneladas. No primeiro semestre de 2016 foram 22.300 toneladas produzidas. Segundo a empresa, a queda foi devido a instabilidades – já resolvidas – em ambas as operações de fundição, que afetaram negativamente o desempenho da produção de Barro Alto, em fevereiro. A expectativa de produção total de níquel em 2017 permanece inalterada, em 43.000 – 45.000 toneladas.