China e EUA fazem acordo para reduzir produção de aço

Países ainda não detalharam quais ações serão desenvolvidas para reduzir excesso de aço.

O governo chinês afirma ter chegado a um acordo com os Estados Unidos para reduzir a produção de aço, que estava em altos patamares prejudicando a concorrência e as vendas de países produtores menores. Até o momento nenhum dos países detalhou quais ações serão tomadas. Os porta-vozes chineses afirmam, porém, que as medidas serão “ativas e efetivas”, com a intenção de reduzir o excesso global de produção de aço.

Atualmente, a China é a maior produtora de aço do mundo, enquanto os Estados Unidos segue em quarto lugar no ranking. Grande parte do aço chinês é destinada à exportação, o que levou sócios comerciais a acusar o país de exportar a preços mais baixos que o de mercado (ação chamada de dumping). A ação prejudica a concorrência internacional, incluindo a americana, e tem gerado excesso de produção.

No começo de 2017, os EUA e a União Europeia impuseram sanções antidumping a diferentes tipos de produtos de aço procedentes da China.

O comunicado foi divulgado um dia depois da realização de uma reunião na embaixada chinesa em Washington, no dia 20, entre o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, e o ministro de Comércio da China, Zhong Shan. “Nesta discussão, os dois lados se concentraram no comércio de aço, alumínio e alta tecnologia”, diz a embaixada, em nota.

“Os dois lados tiveram uma discussão aprofundada sobre cortar capacidade de produção de aço excedente no mundo e concordaram com medidas ativas e efetivas para resolver, conjuntamente, essa questão global”, explica documento.

Por meio de nota encaminhada à agência de notícias Reuters, um porta-voz do Departamento de Comércio dos EUA afirmou apenas que a discussão entre os dois governos levou a um consenso de um “objetivo compartilhado”. No texto, assinado pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnichin, não há comentários sobre a declaração chinesa.