País planeja usar seu potencial solar para focar, principalmente, na energia fotovoltaica.

O principal produto que move a economia na Arábia Saudita é o petróleo. Agora, o país está buscando explorar outro recurso, que é natural e tem com abundância: a luz do sol.

A nação, sob os comandos do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, busca diversificar a economia e pensar no futuro, investindo em energia renovável, e, com isso, se transformar em uma potência mundial na energia limpa.

De acordo com o chefe do programa de energia renovável saudita, Turki al-Shehri, a empresa de energia ACWA Power planeja construir, com custo de US$ 300 milhões, uma central de energia solar para abastecer 200 mil residências.

No final deste ano, a Arábia Saudita, deseja investir até US$ 7 bilhões para o desenvolvimento de sete novas centrais de energia solar e um grande complexo de energia eólica. A expectativa do país é que a energia renovável corresponda em até 10% do total gerado em 2023.

A maior central de energia solar em operação na região, fica no estacionamento da estatal de petróleo Saudi Aramco, em Dhahran e produz energia suficiente para abastecer um edifício de escritórios. Essa primeira experiência fez com que o país procurasse investir em painéis solares convencionais, que colocam espelhos para concentrar a luz e gerar calor.

O chefe do programa de energia renovável saudita comenta que está diante de uma imensa tarefa desafiadora e, para cumprir essas metas, requer contratos para que novas instalações sejam feitas até o final de 2020.

O projeto

Para o projeto ser construído pela ACWA Power, o governo recebeu propostas de valores baixos já apresentados em qualquer concorrência nesse ramo. A central será construída em Sakaka, no norte do país, com um custo de dois a três centavos de quilowatt-hora, sendo mais barato que a energia gerada por combustível fóssil.

Outro benefício da energia limpa seria permitir os sauditas venderam uma porção maior de petróleo. O volume de petróleo usado no Egito para produção de energia, em 2015, correspondeu a 900 mil barris diários. Se esse produto fosse vendido, elevaria em US$ 47 milhões ao dia a receita do governo.

Segundo Shehri, investir em um setor que ainda não existe no país significa a criação de novos empregos e, com isso atingir, um dos principais objetivos do plano do príncipe herdeiro para a economia, que é empregar os jovens.

Apesar das vantagens, o processo por meio do qual a Arábia Saudita vem tentando expandir sua capacidade de geração de usina eólica e solar causa preocupação, pois analistas contam que líderes escolhem as empresas preferidas. O governo apresentou dois finalistas para o projeto de energia solar, mas descartou a oferta de menor preço, levando os pesquisadores a questionar a levantar essa tese.

*Com informações de The New York Times.

*Sob supervisão de Sara Lira