Mineradora consegue maior fluxo de caixa desde 2011 e reduz sua dívida líquida.

A mineradora Vale divulgou ontem (27) os resultados financeiros de 2017. O lucro líquido obtido em 2017 foi de US$ 5,5 bilhões, sendo US$ 1,5 bilhão superior ao ano de 2016. O CEO da Vale, Fabio Schvartsman, comentou sobre os resultados do ano passado.

“Nosso desempenho em 2017 mostra uma geração de caixa excepcional e uma redução significativa da dívida líquida devido à melhor realização de preços, disciplina rigorosa na alocação e melhora marginal nos resultados dos ativos de níquel e cobre”, disse.

O resultado do fluxo de caixa livre foi de US$ 8,604 bilhões, sendo o maior desde 2011, que permitiu uma redução de US$ 6,899 bilhões da dívida líquida, que teve um total de US$ 18,143 bilhões no final do ano passado.

“O sólido resultado operacional e a conclusão do Programa de Desinvestimento aceleraram a redução da dívida líquida. Os US$ 18,1 bilhões de dívida líquida no 4T17 equivalem a uma dívida líquida pró-forma de US$ 14,4 bilhões, considerando a entrada em caixa de US$ 3,7 bilhões da conclusão da venda dos ativos de Fertilizantes para a Mosaic em janeiro e do Project Finance do Corredor de Nacala a serem recebidos no curto prazo”,destacou o diretor financeiro da Vale, Luciano Siani Pires.

Segundo ele, todos esses fluxos permitirão atingir a meta da companhia de US$ 10 bilhões de dívida líquida no curto prazo.

Já a análise do fluxo de caixa livre trimestral teve um aumento considerável em relação ao terceiro trimestre de 2017, com um total de US$ 2,744 bilhões no quarto trimestre do ano passado, permitindo uma redução da dívida líquida de US$ 2,923 bilhões no período.

Os resultados dos Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de US$ 15,338 bilhões, com um aumento de 28% em comparação com 2016.

Devido a maiores preços de metais básicos e carvão, além do aumento das vendas de minerais ferrosos, o Ebitda trimestral foi de US$ 4,109 bilhões.

Desinvestimento

Já o investimento da mineradora foram os menores desde 2005, fechando em US$ 3,848 bilhões em 2017, o que mostra uma redução de US$ 1,342 bilhão em comparação com o ano anterior, devido, principalmente, à conclusão do projeto de mina e usina S11D. A empresa ressaltou que os investimentos continuem neste nível nos próximos anos.

 

*Sob supervisão de Sara Lira