Anglo American é autorizada a prospectar cobre no MT e no PA

Caminhão em atividade em mina de cobre da Vale, no Pará. Foto: Vale/ Divulgação.

Região denominada Província de Ouro de Alta Floresta fica próxima à Amazônia brasileira.

A mineradora Anglo American obteve autorizações para estudar a presença de cobre em regiões do Mato Grosso e do Pará. De acordo com informações divulgadas pela agência de notícias Reuters, caso a prospecção mostre resultados positivos, a descoberta animaria o setor, que tem a falta do material em razão do boom de carros elétricos – cujo cobre é uma das matérias-primas das baterias.

A mineradora ainda não começou os estudos e informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não irá dar detalhes sobre o projeto, mas confirmou ter conseguido as licenças. A área a ser prospectada fica próximo da Amazônia brasileira e pode, inclusive, ser um negócio significativo para a indústria de mineração de cobre no país, que ainda está atrás do maior produtor global, o Chile, que abriga a mina Escondida, pela BHP.

No entanto, conforme a Reuters, a possível localização de 284 blocos, que cobrem quase 1,9 milhão de hectares, também representa desafios, como a provável resistência de ativistas menos de um ano após o governo recuar quanto à atividade mineral em um reserva ambiental, a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca).

Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, o que há na região denominada Província de Ouro de Alta Floresta, é um depósito de cobre e ouro no estilo pórfiro, geologia típica das minas andinas e responsável por mais de 60% dos recursos de cobre do mundo.

No Brasil o depósito da Chamada, em Goiás, é o único exemplo de uma mina em operação com geologia semelhante.

Há dois anos, a Anglo explora 9 mil hectares na região em parceria com a brasileira Mineradora Ouro Paz. A empresa demorou quase um ano para receber as licenças de exploração e, possivelmente, precisará buscar licenças ambientais para extrair minerais para análise.

Com informações da Reuters.