Moradores da região da Bacia do Rio Doce e sociedade civil aguardam desfecho de histórias interrompidas pela ruptura da barragem de Fundão.
Representantes da Samarco, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), e da empresa especializada em consultoria ambiental Aecom, assinaram nessa semana um Termo de Acordo Judicial que prevê a realização de uma auditoria geotécnica na Usina Risoleta Neves.
A usina está situada na Bacia Hidrográfica do Rio Doce, local afetado pelo rompimento da barragem do Fundão, acidente que completa dois anos no próximo dia 5. A auditoria será feita pela Aecom e custeada pela Samarco, de maneira independente do MPMG.
O serviço irá avaliar as condições de operação da hidrelétrica. Atualmente, a represa de Candonga, que pertence à usina hidrelétrica Risoleta Neves, está assoreada e impedida de funcionar, após ter sido utilizada como estrutura de contenção de rejeitos de minério após o acidente de 2015.
O objetivo, com a auditoria, é possibilitar o acompanhamento das atividades que compõem o planejamento e a execução das obras necessárias à recuperação do reservatório e das estruturas integrantes da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves. Na ação, será feita a supervisão da remoção e disposição dos rejeitos no reservatório e na área chamada de Fazenda Floresta, para atestar a estabilidade e a segurança geotécnica da operação.
Com a assinatura do acordo, a Samarco também deve permitir que a Aecom tenha acesso irrestrito a todas as obras realizadas pela mineradora e também permissão dada pela concessionária que opera a hidrelétrica. A empresa deverá considerar as análises que resultarem da auditoria, incluindo as recomendações de estabilidade e segurança geotécnica.