Matriz energética brasileira por meio de renováveis chega a 80,4%.
O Brasil continua liderando o ranking de fontes renováveis do BRICS, bloco composto por países em desenvolvimento sendo eles: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. De acordo com dados divulgados pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a matriz de geração elétrica brasileira por fontes renováveis atingiu a marca de 80,4%.
Já no bloco, o indicador foi de 25,3% de renováveis, quase 1/3 do nacional, mas um pouco superior ao indicador mundial, de 23,6%, segundo o boletim anual “Energia no Bloco dos BRICS”.
De acordo com o documento, o Brasil apresenta 15% de utilização de fósseis, enquanto África do Sul, China e Índia apresentam mais de 71% e Rússia 64%. Na matriz de oferta interna de energia (OIE), que representa a energia necessária para movimentar a economia de um país, o Brasil conta com 43% de participação de energia renovável, o que equivale a mais de três vezes o indicador de 13,1% dos BRICS.
Já no que se refere a emissões de CO2, o Brasil conta com apenas 1,47 tonelada de CO2 emitida por tonelada de energia consumida (tCO2/tep), justamente devido a maior presença de fontes renováveis na matriz energética nacional.
Por outro lado, nos demais países do bloco, o indicador chega a 2,68 tCO2/tep, o equivalente a 82% a mais. A principal razão é a presença de carvão mineral na matriz energética. O índice mundial é de 2,35 tCO2/tep.
Geração de energia
De acordo com o MME, a geração de energia no bloco dos BRICS atingiu, em 2016, 9.587 Terawatt-hora (TWh), representando 38,7% da oferta mundial de eletricidade. O país que mais gera é a China, com 64,6%, seguida pela Índica, com 15,4%.
O Brasil responde por 6% da geração elétrica dos BRICS, sendo que a hidráulica representa 67,5% e nos demais países do bloco esse índice é de, no máximo, 19%.