Empresa opera com 50% da capacidade por determinação da Semas, após rejeitos vazarem de uma das bacias no dia 17 de fevereiro.
A Hydro ainda não sabe quando deverá retornar com a produção total da refinaria. Desde o dia 27 de fevereiro a empresa está operando com 50% da capacidade, após determinação da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) devido ao descumprimento do prazo de 48 horas, dado pelo governo do Estado, para que a empresa reduzisse os níveis das bacias de resíduos em pelo menos um metro.
“A Hydro Alunorte está produzindo com 50% de capacidade e dentro do limite da borda livre de 1 metro, de acordo com os requisitos solicitados pelas autoridades. A Hydro está buscando diálogo com todas as autoridades relevantes para resolver a situação”, informou a companhia, por meio de nota.
A Hydro está na mira das autoridades devido ao vazamento de rejeitos de um dos depósitos no dia 17 de fevereiro, após fortes chuvas terem caído na região. O transbordo foi confirmado por laudo do Instituto Evandro Chagas, que também mostrou contaminação da água usadas pelas comunidades no entorno por materiais pesados, como chumbo.
Segundo apuração da agência de notícias Reuters, o vazamento ocorreu devido à falha no equipamento que bombeia água da chuva após a queda de um raio. Procurada, a companhia mantém o posicionamento de que não houve transbordo dos depósitos. “A Hydro reitera que não houve vazamento para o meio ambiente de seus depósitos de resíduos sólidos”, informou, em nota.
Ainda segundo a companhia, o curto-circuito que atingiu o equipamento levou à inundação de águas pluviais em uma área dentro dos limites da refinaria, onde também havia um duto antigo que havia sido selado.
“Algumas dessas águas da chuva vazaram por uma fenda desse tubo por um período de tempo limitado, antes de serem descobertas e seladas. É importante observar que não há conexão entre as bacias de depósito de resíduo e a área da planta que foi inundada por esta água de chuva. A água de chuva inundada foi posteriormente bombeada para o sistema de tratamento de água”, complementou a empresa.
Desde então, a companhia tem distribuído água potável para os moradores dessas regiões. Nesta semana, a companhia anunciou a mudança do responsável pela área de Bauxita & Alumina da empresa, para controlar a crise provocada pelo transbordo.
O fato está sendo acompanhado também pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, além de órgãos ambientais como Ibama e Semas, entre outras entidades.
Atualizada em 9/3, às 15h15.